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terça-feira, 26 de abril de 2011

Regra dos cartões


O assunto deste post é cartão vermelho. Os juízes cada vez mais estão com medo de aplicar a regra nos casos de expulsão. O vermelho direto é mais fácil de dar, pois decorre de uma falta grave, visível aos olhos de todos. O problema são os dois cartões amarelos para o mesmo jogador, que acarreta na sua expulsão. Quando o árbitro nota que o atleta já tem cartão, finge que não percebeu a falta passível de amarelo e deixa barato. Isso acaba interferindo no andamento do jogo. O que proponho para tentar minimizar o problema é: quando um atleta for advertido com dois cartões amarelos no mesmo jogo, ele recebe a punição tradicional: expulsão de campo, suspensão automática e julgamento posterior. Porém, na partida em disputa, o seu treinador terá a permissão para colocar outro jogador em seu lugar, caso ainda tenha substituições a fazer. Por quê isso? 1) o juiz ficará mais "à vontade" para cumprir a regra e expulsar, pois não desequilibrará a disputa; 2) duas faltas menos graves não devem ter a mesma consequência de uma falta fortíssima (agressão, briga, ofensa ao árbitro, etc...); 3) o espetáculo fica livre do mau jogador (o expulso), mas não perde sua qualidade, o que sempre acontece quando os times ficam em desigualdade numérica; 4) diminuem as reclamações na hora da expulsão, pois fica parecendo uma simples substituição; 5) o atleta pensará duas vezes antes de tomar os cartões, pois seu reserva pode arrebentar e ele perder a vaga nos jogos futuros. Portanto, é uma mudança simples na regra que pode trazer benefícios ao futebol.
terça-feira, 19 de abril de 2011

Para abrir a temporada

Alô galera! estou de volta para passar pra vocês uma idéia que tive tempos atrás e que agora estou divulgando. É uma sugestão direcionada a todas as cidades brasileiras. A proposta é: criação de torneios municipais de verão, para abrir a temporada de futebol em todo o país. O objetivo é dar condições das equipes fazerem uma pré-temporada forte, sem precisar viajar, aproveitando melhor o tempo de treinamento. Ao mesmo tempo, seria uma atração a mais para os turistas que estiverem passando férias nas cidades no período de verão, calor em todo o país.  Detalhes importantes: o ingresso seria a doação de alimentos não perecíveis, já que infelizmente nesta época há possibilidade de fortes chuvas e essa ajuda seria muito bem vinda, também para as cidades não afetadas. Esses alimentos seriam trocados por convites, antes da competição começar. Estes não poderão ser comercializados. As competições seriam de "tiro curtíssimo", uma semana no máximo, com sistema de disputa bem simples, apropriado para cada cidade. O número de participantes também seria compatível à cidade, pois só times profissionais de primeira e segunda divisões do estado poderiam participar. Ex: Cidade do Rio: Botafogo, Vasco, Flamengo, Fluminense, Bangu, América, Olaria e Madureira. Quartas-de-final, semifinais e final, tudo rapidinho; Na capital paulista: 6 times: Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Portuguesa, Juventus e Nacional ( o Santos é de outra cidade ). Dois grupos de 3, classificando um de cada grupo para a final. E assim por diante, em TODAS as cidades brasileiras. Belo Horizonte só tem três times, portanto cabe um triangular, com os dois melhores decidindo o título. E assim vale para Recife, Belém, Curitiba e também cidades que não são capitais, como Caxias do Sul/RS, Campinas/SP, Campos/RJ, etc... Quem tiver dois times apenas, faz dois ou três jogos em confronto direto; Cidade que só tenha um time apto a jogar, enfrenta a cidade mais próxima que esteja na mesma situação. Ex: São Caetano do Sul x Santo André, Volta Redonda x Resende, Uberaba x Uberlândia, etc... Estes torneios aconteceriam na segunda das duas semanas de pré-temporada. Se a CBF aumentar esse período, melhor ainda. O que acham?
sábado, 16 de abril de 2011

Pequenas grandes mudanças

O futebol hoje em dia é tão dinâmico, com jogo atrás de jogo, que não reparamos que pequenas mudanças na sua rotina estão sendo muito benéficas para o esporte. O futebol geralmente mexe pouco em suas regras, mas de vez em quando algumas normas são estabelecidas e vem dando bons resultados. Vou relacionar algumas situações, sem ordem cronológica ou de importância. 1) Os repórteres não poderem (em algumas competições) entrar em campo para fazer entrevistas: muito bom para o cumprimento do horário e para a "limpeza" do espetáculo; 2) Sete bolas utilizáveis em cada partida: aumentou e muito a dinãmica do jogo; 3) O árbitro ter que informar o tempo de acréscimo: acabou aquela pressão para que o jogo acabe logo (por quem está ganhando, claro); 4) Sete jogadores no banco de reservas e três substiuições por time: mais opção para o treinador, que precisa improvisar menos nas substituições; 5) Dois árbitros atrás dos gols, na linha de fundo: se eles tiverem coragem de apontar as irregularidades, são ótimos ajudantes para o árbitro; 6) Nome dos jogadores nas camisas: ajuda bastante a identificação dos atletas em campo (antigamente nem número existia); 7) Obrigatoriedade do uso de caneleiras: evita-se várias contusões sérias, em especial fraturas; 8) o goleiro não poder segurar bola recuada: diminuiu em muito a cera nas partidas; 9) implantação do carro-maca: jogador que simula contusão sai rapidinho do campo; 10) entrevistas coletivas após os jogos: antes era uma tremenda confusão de microfones, além do risco de se pegar alguém "desprevenido" no vestiário; 11) Delimitação de área técnicapara os treinadores: apesar da rebeldia de alguns, o fato deles poderem ficar à beira do campo e dar instruções aliviou o trabalho do quarto árbitro, que suava para manter o técnico no banco; e por aí vai. Se eu lembrar de mais mudanças, volto ao assunto. O objetivo é que todos analisem bem a situação atual, comparando com anos anteriores, para fazer um julgamento mais justo sobre as condições atuais do nosso futebol. Mas ainda temos muitos problemas, sem solução à vista, dos quais falarei futuramente.

Raio X dos grandes cariocas - Hinos

Seguindo com o raio X dos quatro grandes clubes do Rio, o assunto agora é hino. Não há dúvida que os hinos mais belos do Brasil são os dos cariocas, todos compostos por Lamartine Babo (americano de coração). Porém esses hinos foram criados inicialmente como marchinhas de carnaval, pois cada time tem seu hino oficial, que aliás pouca gente conhece. Mas o sucesso foi tão grande que as canções de Lamartine foram adotadas pelos clubes e seus torcedores. Podemos destacar algumas características de cada hino. O hino do Fluminense é o único com quatro partes, o refrão e três versos (que destacam as três cores do clube). Muitos tricolores provavelmente não sabem o hino todo, por ser grande. Chama a atenção para grande quantidade de títulos cariocas. O hino do Flamengo cita um rival na sua letra: o Fluminense ("no Fla x Flu é o ai Jesus"). Realça a origem do clube no remo. O hino do Vasco tem uma parte instrumental grande, que a torcida ignora quando canta no estádio. Na letra, destaca sua própria torcida ("tua imensa torcida é bem feliz") e ressalta a união entre Brasil e Portugal, além do seu símbolo maior, a Cruz de Malta. E o hino do Botafogo destaca sua primeira conquista, 1910, que acabou virando a segunda, com o reconhecimento do título de 1907 (alguns trocam o ano na letra). Ressalta o apelido "glorioso" que o clube ganhou justamente no ano de 1910. E termina exaltando seu maior símbolo, a estrela solitária. Todas as torcidas adoram seus hinos e costumam cantar com muita intensidade nos jogos de seus clubes.
sexta-feira, 15 de abril de 2011

Um giro por outros esportes

Ultimamente só tenho escrito sobre futebol, focando mais o lado extra-campo. Isso porque os outros esportes estão numa fase de absoluta falta de assunto. Mas vou tentar fazer um giro de comentários. A Fórmula 1 começou do jeito que terminou: superioridade da Red Bull e do campeão Vettel. Os brasileiros, em menor número este ano, não nos dão muita esperança. Talvez Felipe Massa possa surpreender e chegar em terceiro ao final da temporada. O basquete nacional está nas fases finais da NBB, mas não tem atraído muito interesse. Talvez os flamenguistas estejam interessados, mas o time caiu de rendimento em relação ao ano passado. Começa também a fase de play-offs da NBA. Espero que o meu time, o San Antônio Spurs, passe pelo Memphis e siga na luta pelo título. Mas o Chicago Bulls, os Lakers e o Miami também são fortes concorrentes. No volei, finais das superligas. No feminino, o Rio de Janeiro é o representante carioca e favorito ao título. Mas o volei brasileiro, onde só as empresas montam times (exceção para o Cruzeiro/MG) não tem mais o brilho da época de Bradesco/Atlântica ou Pirelli (anos 80). Mas devemos ressaltar o fato dos principais (e campeoníssimos) jogadores e jogadoras do Brasil estejam atuando em nosso país. É uma amostra da organização deste esporte. E o tênis segue na mesmice de sempre: Federer x Nadal x Djokovic x alguma zebra. Que decididamente não é brasileira. Vamos aguardar os Jogos Mundiais Militares, no Rio, e o Pan de Guadalajara. Aí vai ficar legal!

Futebol Organizado - Seleções Estaduais


Como adiantei no post anterior, gostaria muito de ver (ou rever) o Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais. Tenho consciência que o futebol mudou muito em relação ao tempo que essa competição era um sucesso. Os clubes ganharam um poder muito grande e o futebol hoje gira em torno de seus interesses. Também sei que não cabe hoje mais um longo campeonato nesse calendário tão apertado. Por tudo isso criei (e registrei) projeto de um torneio bem mais enxuto, parecido com a Copa América, que seria realizado de dois em dois anos, cada ano em um estado diferente, contando com 12 seleções previamente classificadas. O projeto é extenso, mas bem interessante. Muitas vantagens para vários segmentos do futebol brasileiro. E sem interferir no atual calendário das competições de clubes. A princípio a CBF, que tem em mãos esse projeto, está reticente, mas não fechou as portas. Depende de parcerias. E do apoio da comundidade esportiva. Quem for a favor, pode se manifestar aqui. Só vou adiantar um ítem desse projeto, para que vocês possam imaginar como as seleções seriam formadas: cada jogador defenderia seu estado de nascimento. Garantia de várias seleções estaduais fortíssimas! Para matar a saudade, veja dois confrontos entre as seleções do Rio e de São Paulo.



Futebol organizado - campeonatos

Outro tema interessante para debate é analisar cada competição, sua forma de disputa e sua importância no calendário do futebol brasileiro. Não há dúvida que a maior competição nacional é a Série A do Brasileirão. Finalmente as quatro séries ficaram bem definidas, com acesso e descenso. Firmou-se o sistema de pontos corridos, bom para o torcedor e para quem organiza a competição, mas não tão bom para quem promove (no caso a TV, que prefere o mata-mata). Acho que dá para conciliar, sem abrir mão do turno e returno (ida e volta). Passar quatro para um mata-mata não seria absurdo. Oito já acho exagerado. Há quem defenda o Brasileiro durante todo o ano, só aos domingos. Acho extenso demais e ia confundir ainda mais a cabeça do torcedor: Brasileiro no domingo, Libertadores, Copa do Brasil, Sul-Americana e Estaduais nas quartas. Como sou fã dos estaduais, acho que o esquema atual está bom: estadual abre a temporada e o Brasileiro segue a partir de abril (ou maio). A Copa do Brasil, sem os clubes da Libertadores, parece estar com os dias contados. Há um trabalho no sentido de incluir os representantes brasileiros na Libertadores na nossa competição mata-mata. Vamos aguardar. Não posso adiantar nada por enquanto. Fica faltando apenas ressuscitar o Nacional de Seleções Estaduais, cuja proposta de uma competição mais modernizada foi enviada por mim para a CBF e Rede Globo. Mas falaremos sobre isso depois.
terça-feira, 12 de abril de 2011

Raio X dos símbolos dos grandes cariocas - Mascotes


O próximo tema do nosso raio X dos grandes clubes do Rio é sobre seus mascotes. O Fluminense, clube denominado de aristocrático, nobre, etc... tem como mascote um cartola - homem fino, bem vestido, de fraque e... cartola. Mas sem se esquecer da camisa do tricolor, alcunha dada aos torcedores do Fluminense. Já o Flamengo teve como primeiro mascote o personagem Popeye, que simbolizava a bravura e a força. Mas não foi bem adotado pelos seus torcedores, que como eram predominantemente compostos de afrodescendentes e da classe pobre, eram ironicamente (e de forma racista) chamados de "urubus". Até que em 1969 um torcedor levou o animal ao estádio, deu sorte e o ururbu caiu no gosto do torcedor. Deram um nome a ele - Samuca - mas o nome não pegou. É urubu e pronto. O Botafogo tem mais história neste assunto. Começou com o Pato Donald, personagem com perfil parecido com o alvinegro - ranzinza e resmungão, como eram conhecidos na época - mas por problemas com royalties, foi abolido. Ai veio o manequinho, estátua de uma criança urinando, que ficava em frente à sede do Mourisco. Foi adotado como mascote após o título carioca de 1957 e transferido para a entrada da sede de General Severiano.  E ainda tem o cachorro Biriba, animal de estimação do presidente da época Carlito Rocha. Por isso sua torcida é conhecida como "cachorrada". Para terminar, o Vasco da Gama, cujo primeiro mascote foi o Almirante, em alusão a Vasco da Gama, navegador portugues que deu origem ao nome do clube. Mas à frente criou-se a figura do português "barrigudo" e de tamanco, lembrando a relação do clube com o portugueses. E por fim, devido ao cartunista Henfil criar charges comparando o escudo vascaíno ao formato de um bacalhau, a torcida adotou este apelido e o bacalhau também virou uma espécie de mascote cruzmaltino. Como curiosidade, o botafoguense é o único que pode "venerar" seu mascote, pois sempre que o clube conquista um título, o manequinho é "vestido" com a camisa alvinegra e a faixa de campeão. Vasco e Fluminense tem como mascotes personagens (Almirante ou Português e Cartola) e o Fla tem um animal como mascote, pouco doméstico, por sinal. Outra vantagem para os botafoguenses, pois seu segundo mascote é um cachorro, o "melhor amigo do homem" e o principal animal doméstico que existe.  Já o vascaíno pode "comer" seu símbolo, o bacalhau! Brevemente mais raio X.

Raio X dos símbolos dos grandes cariocas - Escudos

O raio X desse post vai analisar os símbolos dos grandes clubes do Rio, tentando explicar o que significa cada um deles. Comecemos com os escudos. O Fluminense é o único que refere-se somente a futebol, pois não é clube de regatas como os demais. No início era branco e cinza, mas posteriormente tornou-se tricolor (verde de esperança, vermelho de luta, suor e branco de paz). acrescentando as letras entrelaçadas; o Flamengo começou apenas com o remo (clube de regatas) e tinha seu distintivo diretamente ligado a esse esporte. Suas primeiras cores foram azul e amarelo. Com a implantação do futebol, mudou seu escudo, retirando os remos e colocando as listras horizontais preta e vermelha e as letras CRF; o Vasco da Gama, no início, não tinha a lista diagonal, introduzida anos depois. Esta reporta à ligação entre Portugual e Brasil e representa a viagem dos navegadores portugueses (faixa branca e a caravela) sob a escuridão do oceano (fundo preto). E o escudo do Botafogo é resultado da união entre o clube de regatas (a estrela solitária que servia de inspiração para os remadores) e o contorno do escudo do time de futebol. O preto representa a noite, cenário para que a estrela (branca) possa brilhar. Ambos os times (regatas e futebol) já eram alvinegros. Como curiosidade, Vasco e Flamengo não utilizam seus escudos nos seus primeiros uniformes. Apenas a Cruz de Malta, na realidade Cruz Pátea (Vasco) e as letras (Flamengo). Outra curiosidade: ao contrário de Flamengo e Fluminense, Vasco e Botafogo ostentam símbolos bem representativos: o Botafogo tem a estrela solitária (de cinco pontas) e o Vasco, a Cruz de Malta, além da própria caravela. Continuo depois.

Futebol organizado - Mudança no estadual

Constantemente venho aqui falar que sou totalmente a favor dos estaduais. Inclusive sugeri, anos atrás, esta fórmula de disputa atual do campeonato carioca, parcialmente adotada e com sucesso pela FERJ. A diferença, pra mim importante, refere-se ao número de participantes (começou com 12 - ideal - mas por interesses políticos aumentou-se para 16 - exagerado para o RJ). A minha proposta era diferente no que se refere à disputa final. É o que explicarei a seguir. Penso que em cada turno deveria-se ir diretamente à decisão do título, sem semifinais, que nada acrescentam à competição. Na taça GB deste ano, por exemplo, a final seria Flamengo x Fluminense, primeiros em seus respectivos grupos (o Flamengo acabou sendo o vencedor contra o Boavista, depois de eliminar o Botafogo na semifinal; o Boavista tirou o Fluminense). Na taça Rio, o momento apresenta Vasco e Fluminense como líderes (seriam hipoteticamente os finalistas do turno). Na situação atual de duas vagas por grupo, Vasco e Flamengo, no A, já estão garantidos, propiciando ao Vasco a chance de escolher adversário na semifinal, o que não é legal se for preciso perder para isso acontecer. Dá também a brecha para que os dois primeiros colocados, caso se enfrentem na última rodada da Taça GB (onde há confrontos dentro do grupo), empatem seu jogo para eliminarem o terceiro colocado e principal concorrente ( o famoso "jogo de compadres"). Se fosse uma vaga só, a ultima rodada seria quente com a disputa entre Vasco e Fla. No outro grupo, o Flu estaria com uma boa vantagem para ser o primeiro e se classificar para a final da taça Rio. Porém, na minha proposta, os campeões de turno passariam para a SEMIFINAL do CAMPEONATO, juntando-se a eles mais dois clubes por índice técnico. Com os números atuais, estes clubes (supondo-se que Fla (taça GB) e Vasco (taça RIO) já fossem semifinalistas) seriam Fluminense, hoje com 32 pontos no geral e Botafogo, com seus 28 pontos, valorizando a regularidade desses clubes durante toda a competição, pois mesmo zerando-se os pontos de um turno para outro, não se descarta uma boa campanha feita no turno anterior. Imaginem como seriam essas semifinais de campeonato, muito mais emocionantes do que semifinais de turno. Esse sistema seria padronizado pelo Brasil inteiro, variando apenas o número de clubes por estado. Aí sim os estaduais ficariam perfeitos. Depois eu volto com mais comentários sobre a organização do futebol brasileiro.
segunda-feira, 11 de abril de 2011

Futebol organizado

Antes de iniciar este post, gostaria de sugerir um blog novo na praça, que é dirigido por um dos esportistas mais conhecedores de futebol, o professor José Dias que, entre outras coisas, foi preparador físico e supervisor de três dos quatro grandes do Rio: Fluminense, Flamengo e Botafogo, além da Seleção Brasileira em categorias de base (campeão mundial de juniores, inclusive). O blog é ufjosedias.blogspot.com.  Assim como eu, o professor Dias gosta (e sabe) muito sobre o tema Organização do Futebol, tanto dentro como fora de campo. Como é um assunto extenso, em próximos posts falarei sobre elaboração de tabelas, regulamentos, sistema de disputa das competições (pontos corridos, mata-mata) e outros assuntos relacionados. Fiquem ligados e prestigiem o blog do grande amigo Prof. Dias.
domingo, 10 de abril de 2011

Raio X das torcidas cariocas


Seguindo a linha do post anterior, o raio X agora é sobre as quatro maiores torcidas do Rio, em ordem alfabética. A torcida do Botafogo é sem dúvida a que mais sofre com os resultados de seu time. O destino é extremamante cruel em certos momentos. Mas a dificuldade a faz ser a mais fiel, não abandonando o clube nem naquele período de 21 anos sem títulos. E ela estava "mal acostumada" com tantos craques de primeira linha, liderados por Mané Garrincha e sua geração de ouro. É uma torcida de clásse média, mas que agrega gente de qualquer classe. Muitos nordestinos simpatizam pelo alvinegro. Característica principal: ser supersticiosa. A torcida do Flamengo é reconhecidamente a maior do Brasil e a que mais prestigia as partidas do seu time no estádio. Cresceu muito em função da difusão de seus jogos pelo rádio, sobretudo nas classes menos favorecidas. Por ser a maior e pelas suas conquistas é a principal rival das demais torcidas do Rio. Teve seu momento de auge com a geração de Zico, seu maior ídolo. Característica principal: ser a mais "barulhenta". A torcida do Fluminense, o time de futebol mais antigo dos quatro grandes, traz o traço da aristocracia do início do século XX. Se destaca mais nas classes mais altas, com pouca adesão de torcedores de classes inferiores. Pelas suas três cores pode ser considerada a torcida mais bonita, mas que carrega a fama de só aparecer nas decisões, o que vem mudando com o tempo. Seu momento mágico foi proporcionado pela "máquina tricolor", supertime dos anos 70 e 80. Caracerística principal: ser "elitizada". Para terminar, a torcida do Vasco da Gama, clube de colônia portuguesa, fiel às suas origens e a que chega mais próximo do Flamengo em número de torcedores no estado. Seu principal ídolo hoje preside o clube: Roberto Dinamite. Destaca-se como uma das que mais incentivam o time durante os jogos. Muitos de seus adeptos são descendentes de portugueses. Pioneira na aceitação de negros em suas fileiras no início do século passado. Característica principal: a tradição lusitana. Espero ter conseguido retratar cada uma das torcidas dos principais clubes do Rio. Pelo menos é a minha visão.
sexta-feira, 8 de abril de 2011

Raio X das rivalidades cariocas


Quase todo final de semana o Rio de Janeiro, no Maracanã ou no Engenhão, se une pra torcer e vibrar com seus clássicos locais. É Fla x Flu, Bota x Vasco, Vas x Fla, etc... Considero que cada um desses clássicos tem sua característica especial. E é sobre isso que falarei agora. Infelizmente um desses jogos não tem uma "cara" definida: Vasco x Fluminense. Mas nem por isso seus duelos não são emocionantes. Já até decidiu um Brasileirão (84). Vamos então falar sobre os outros. Vasco x Flamengo é o jogo de maior rivalidade... fora do campo, nas arquibancadas. O Fla tem a maior torcida, mas o Vasco sonha em igualar. É o classico dos milhões; Flu x Botafogo, o duelo mais antigo, sempre foi o clássico do "tapetão". A briga extra-campo é histórica. Muitas decisões começaram e terminaram nos tribunais; Fla x Flu é o "clássico mais charmoso" do Brasil. E o mais colorido (verde, branco, vermelho, preto). As entrevistas sempre ressaltam os jogos inesquecíveis, os textos de Nelson Rodrigues, a emoção de jogar um Fla x Flu, etc...; Botafogo x Vasco tem duas características: a famosa "escrita" que aponta enorme vantagem de vitórias vascaínas (exceto em partidas decisivas) e o fato de ser o clássico da amizade, o único (talvez do Brasil) em que não há rivalidade exacerbada, onde torcedores assistem os jogos misturados, sem nenhum tipo de problema. E para terminar, Flamengo x Botafogo, na minha opinião a maior rivalidade esportiva entre os clássicos cariocas. Isso vem desde os tempos aúreos do remo. Antes da partida só se fala em assuntos do jogo em si: duelo entre os craques, apostas entre jogadores, arbitragem, etc... A vizinhança entre os bairros da Zona Sul contrubui para essa rivalidade sadia. Assim vejo os nossos clássicos. Essa emoção ninguém pode tirar do povo carioca.
terça-feira, 5 de abril de 2011

Craques polêmicos: ter ou não ter de volta?

Nas últimas semanas dois jogadores estiveram nas manchetes e com um noticiário em comum: jogadores problemáticos, reconhecidamente bons, mas rejeitados pelos clubes em que mais se destacaram. São eles Adriano (Flamengo) e Jóbson (Botafogo). Considero dois casos bem distintos. Adriano é um jogador consagrado, que andou se envolvendo em polêmicas extra-campo que fizeram o treinador atual do Fla, Vanderley Luxemburgo, não aceitar seu retorno, quando todos no clube pensavam o contrário. Acabou indo para o Corinthians, para revolta da torcida rubro-negra. Muito poder de decisão para um homem só. O caso do Jóbson é diferente. O Botafogo o emprestou ao Atlético/MG na esperança de recebê-lo no fim do ano com a "cabeça no lugar". Mas Jóbson pediu para retornar antes do prazo, por não se adaptar a BH! A torcida o quer de volta, o treinador ainda não se manifestou, mas a diretoria não admite a quebra do contrato de empréstimo. E tem medo das novas atitudes de Jóbson. Penso que esse garoto deva ser tratado como um paciente e não como um delinquente. Como o time anda precisando de seu futebol, vale o risco, desde que calculado.

A velha polêmica sobre os estaduais

Esse tema (real valor dos campeonatos estaduais) é bem interessante. Alguns comentários a fazer: 1) acho que os estaduais deveriam ser padronizados, para que o torcedor possa acompanhar igualmente todos os estados. 2) a diferença ficaria por conta do número de times. Exemplo: SP: 16, RJ, MG, RS, PR, PE e outros: 12, AC, RO, RR, MT,TO e outros menores: 8 clubes. 3) a fórmula seria parecida com a usada no RJ, com uma pequena mudança: em cada turno, final direto, sem semifinais. Decisão em semifinais e finais. As semifinais contariam com os campeões de turno mais dois times por indice técnico. 4) O campeonato paulista é sem dúvida o mais forte e equilibrado, mas o Carioca é mais interssante de se ver, por ter quatro grandes na capital e ainda preservar alguns pequenos com muita história (América, Bangu, Madureira, Americano, etc...) E tem o Maracanã! E na falta dele, tem o belíssimo Engenhão. O estado de São Paulo precisaria ter um estádio neutro do porte do Maraca. Ou então os quatro grandes terem estádios comparáveis ao Morumbi. 5) Os grandes clássicos que ficam para a história são sempre os disputados nos estaduais. Salvo quando se decide o Brasileirão, dificilmente um clássico local na competição nacional rende muitos comentários no dia seguinte. 6) Obviamente o Brasileirão, a Libertadores e a Sul-Americana são bem mais importantes, mas os estaduais dão chance a clubes menores de sobreviverem. Já pensou o futebol brasileiro com apenas 100 clubes (nas quatro séries)? Quantos clubes tradicionais seriam extintos? Quantos clássicos não aconteceriam pelo fato dos rivais estarem em séries nacionais diferentes? Portanto, deixem os estaduais em paz. O que é preciso fazer é valorizar mais essas competições, pois o brilho do Brasileirão já está garantido. Seria muito chato ter um Nacional ocupando 10 meses do calendário. Pensem nisso.