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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Novo ano, velha rotina


Sempre que um novo ano se inicia, os fãs de futebol esperam por grandes e novas emoções. Certamente estas emoções acontecerão, mas na verdade mudam-se os personagens mas mantêm-se o roteiro. Ou seja: não sabemos quem serão os campeões, os destaques, os artilheiros, mas sabemos o que acontecerá em cada uma das competições. 

Por exemplo: nos estaduais, muito provavelmente um grande clube será o campeão. A imprensa fará força para motivar o torcedor ao final de cada rodada; as decisões serão badaladas durante a semana, o campeão fará sua festa e.. fim. Isso vale para a Copa do Brasil e para o Brasileirão, onde após 38 rodadas conheceremos o primeiro colocado, como acontece todo ano. Teremos grandes jogos e partidas fracas tecnicamente, como sempre ocorre. Polêmicas, erros de arbitragem, tudo o que acontece costumeiramente acontecerá em 2012. 

O que quero dizer com tudo isso: o futebol brasileiro entrou numa perigosa rotina, que acaba distanciando o torcedor do estádio e aproximando-o da TV. Os clubes ganharam uma força enorme, deixando a seleção brasileira em segundo plano (muito por culpa dela própria), fazendo com que o espírito esportivo perdesse espaço para as grandes rivalidades clubísticas. Em 2013 teremos uma novidade: a Copa das Confederações no Brasil, que certamente movimentará o torcedor, deixando seu clube um pouquinho de lado. Em 2014, nem preciso lembrar; tem Copa do Mundo em nosso pais, que certamente parará o Brasil durante um mês ou mais. Em 2015, tem Copa América (também aqui) que talvez fique um pouco esvaziada por conta da Copa, um ano antes. Mas é uma novidade também, pois a última edição aqui foi em 89. E para fechar, 2016 é ano de Olimpíada no Rio, uma competição poliesportiva, mas que pela sua magnitude, movimentará o Brasil inteiro. Isso tudo paralelamente à tradicional rotina do nosso futebol. 

E em 2017? Volta tudo ao normal. Por isto insisto na minha sugestão, que já data mais de 15 anos, mas que ainda não chegou aos ouvidos certos: a criação do Brasileiro de Seleções Estaduais, de dois em dois anos. Seria uma novidade para o público jovem, sem tirar o espaço dos clubes e de seus campeonatos. Já expliquei várias vezes aqui no blog como seria esta nova competição. É só pesquisarem que acharão. Mas o sentido dessa conversa é: quem administra o nosso futebol está acomodado no sistema atual, sem criar coisas novas. Estamos precisando de uma rotina diferente, de vez em quando. Pensem nisso.