Wonder Fut

Barcelona campeão europeu. Alguém tinha dúvida? Está certo que futebol é o esporte mais propício a zebras, mas isso quando o Barça não está em campo. Vejo nesse time uma forma diferente de jogar, mas ao mesmo tempo muito simples. Eles são condicionados a não colocar a bola em disputa, ou seja, atacam trocando passes até chegar ao arremate final. Se um companheiro está marcado, este não recebe a bola. Só recebe quem está livre. O deslocamento é constante e organizado. Não há pressa para se definir uma jogada. Não vemos chutões para a frente nem lançamentos ou passes em bola dividida.

Outro destaque é a experiência do time. Não tem jogador "verde" em campo. Quem está de fora não reclama, pois sabe que os titulares jogam por música. E tem um jogador que desequilibra: o "argentino". Paralelamente a isso, uma questão: será que não supervalorizamos demais os times europeus (Barça fora disso)? O Manchester United, tão badalado, não viu a cor da bola. Aceitou passivamente a troca de bola do Barcelona e quando a tinha em seu poder, não conseguia sair da marcação. Entre times iguais eles se sobressaem. Mas bastou pegar um time de verdade pra dar nisso. Antes eu achava que endeusavam demais este Barcelona, mas hoje me rendo à simplicidade, organização e qualidade técnica desse timaço. Que se prepare o Santos, pois tudo se encaminha para termos Neymar x Messi em Tóquio no fim do ano.

Sempre que a tabela do Canpeonato Brasileiro é divulgada tenho o hábito de analisar a distribuição, na grade de programação da TV, dos jogos envolvendo os grande clubes, especialmente os do Rio. Ultimamente a lógica é ver vários jogos do Flamengo serem transmitidos, enquando que os demais três grandes ficam com uma "migalha". Este ano, porém, não sei se por conta da negociação em particular dos direitos de transmissão para 2012, a Globo optou em dar um equilíbrio maior na sua escala de jogos.

Em relação aos clubes do Rio, minha cidade, das 19 rodadas do turno (portanto 19 transmissões na TV aberta), cada clube tem pelo menos quatro transmissões, o que é justo. Aí dá 16 jogos. Os outros 3 ficaram para Flamengo e Vasco, sendo que na 19ª rodada há o confronto direto, que passará na Globo. Então consideramos 20 transmissões. Melhor ser assim do que o que vimos no Carioca: uma overdose rubro-negra na telinha. Mas como o Fla acabou campeão, há quem diga que a Globo estava certa. Contra fatos não há argumentos.

21 de maio de 2011. Enquanto na Europa os principais campeonatos nacionais já estão na reta final (alguns já decididos), só agora vai começar o nosso Brasileirão. O calendário tropical força isso a acontecer, além da existência (felizmente) dos estaduais. Só que este ano os estaduais se estenderam além do normal. Teve ano que terminou na primeira quinzena de abril. Exigências da TV levam a isso. Mas deixa pra lá. Vamos destacar que este ano a competição promete. Todos os times tem jogadores que podem se destacar. Não vou citar clube a clube, mas posso relacionar alguns nomes importantes: no Rio, Loco Abreu, Fred, Ronaldinho, Diego Souza, Maicosuel, Conca, Thiago Neves e Alecsandro. Em São Paulo: Luis Fabiano, Valdívia, Neymar, Adriano (quando puder jogar, assim como L. Fabiano), Lucas, Ganso, Alex e Kleber; em Minas, Montillo, Guilherme, Richarlyson e Thiago Ribeiro; no Sul, D´Alessandro, Douglas, Leandro Damião e Vitor; além de outros jogadores espalhados pelo país. É óbvio que, no início, todos estão em igualdade e com a motivação lá em cima. Mas no final, vai ter gente rindo e gente chorando. É a regra do jogo. Será um campeonato de estádios menores, devido a ausência do Maraca, do Mineirão, Castelão, Palestra e outros que devem fechar durante o ano. Mas mesmo assim a motivação será a mesma. Esperamos uma festa dos torcedores e arbitragens pelo menos imparciais. Preparados? Pois a bola vai rolar!!!

Final de semana eletrizante em vários estados brasileiros. Foram as finais dos campeonatos estaduais. O Brasil é um país "continental". Cada estado tem suas peculiaridades e características. O seu povo adora futebol e vibra com as conquistas dos times locais. Sendo assim, vários estádios estavam lotados neste domingo, com os torcedores sofrendo, torcendo e, no final, um lado vibrando com o título. Que outro país apresenta uma situação dessa?

Se um dia os 27 estaduais tiverem o mesmo sistema de disputa e seu regulamento garanta uma final (Rio, Paraná e Ceará tiveram campeões antecipados neste ano), o domingo será totalmente empolgante em TODOS os estados brasileiros, simultaneamente. Alguns ajustes precisam ser feitos nos regulamentos: para diminuir jogos deficitários, enxugar o calendário apertado das principais equipes (principalmente quem disputa Série A e competições internacionais) e padronizar as competições para facilitar o acompanhamento. Mas a magia dos estaduais nunca vai acabar. Ou alguém acha que o torcedor presente em Chapecó, no Serra Dourada ou no Arruda estava preocupado com a decisão em Santos ou no Olímpico? Ou estavam questionando se o título estadual tem valor ou não?

Bom, acabaram os estaduais, parabéns aos campeões. Agora é se concentrar no Brasileirão, competição tecnicamente mais difícil, mas que fará a alegria de apenas uma torcida, ao contrários dos estaduais, onde 27 fazem festa!

Segundo o que a imprensa divulgou, a FIFA e o Comitê Organizador da Copa-14 definiram as cinco sedes que receberão jogos da Copa das Confederações de 2013, uma autêntica "minicopa", tamanho o valor das seleções que participarão dela. Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília e Salvador foram as escolhidas, já que seus estádios estão com as obras andando de acordo com as previsões.

Já São Paulo, que luta para convencer à FIFA de que seu novo estádio ficará pronto para receber o jogo de abertura da Copa-14, por razões óbvias fica de fora da Copa das Confederações. Há uma possibilidade do Rio também não fazer parte, pelo fato da obra do Maracanã poder atrasar um pouco por conta da nova cobertura, como também para valorizar o palco da final da Copa, totalmente remodelado.

Com essas informações, já podemos sonhar um pouco com os dias de festa que nosso país terá nos próximos três anos. As notícias ruins continuam a pipocar por aí, mas repito: o que nos resta fazer é confiar nas autoridades e não se deixar levar por esta onda negativista que vem de vários lados, até do exterior. Vai ser uma festa inesquecível, tenho certeza disso.

Estou acompanhando atentamente todos os noticiários sobre a Copa do Mundo no Brasil. Como sou totalmente favorável e estou ansioso em poder curtir esta competição tão importante em nosso país, tenho "fechado" um pouco os ouvidos às críticas, principalmente de uma determinada rede de televisão paga, pois tenho a certeza que no final tudo terminará bem e teremos realizado a melhor copa de todas. Me preocupa o atraso nas obras e os gastos excessivos. Mas como não posso resolver esses problemas, só me resta torcer pelo sucesso da copa. Mas o que quero falar agora é que, sem que ninguém note, o nosso futebol já está lucrando com essa grande novidade. Refiro-me a construção ou reforma de vários estádios brasileiros. Alguns para serem utilizados na copa, outros para treinamento das seleções ou simplesmente para melhorar o nível das instalações. Rapidamente posso citar os estádios: RJ: Maracanã, Engenhão, Macaé e Moça Bonita (projeto); SP: Fielzão (projeto), Pacaembu, Arena Palestra, Morumbi, Arena Barueri, Fonte Luminosa (Araraquara); MG: Mineirão, Independência e Arena do Jacaré; RS: Beira-Rio e Arena do Grêmio (projeto); CE: Castelão e Presidente Vargas; DF: Mané Garrincha e Bezerrão; PE: Arena de Olinda (projeto) e Arruda; RN: Arena das Dunas e Frasqueirão; BA: Nova Fonte Nova e Pituaçu. Além da Arena da Baixada e Durival de Brito (PR), Arena da Floresta (AC), Mangueirão (PA), Arena Joinville (SC); Verdão (MT). Vivaldo Lima (AM) e outros. Esses são estádios recentemente reformados, construídos ou ainda em projeto, que somados aos que ainda estão em processo de reforma, nos dão a garantia de partidas de alto nível e conforto aos torcedores, diferentemente do que acontecia há algumas décadas atrás. Se não fosse a Copa, dificilmente aconteceria algo parecido. Só em 2015 as pessoas se darão conta do progresso alcançado.

Já estamos quase na metade de maio (quinto mês do ano) e o Campeonato Brasileiro ainda não chegou. Teremos mais uma semana de estaduais, com as partidas decisivas da maioria deles, e só dia 21 a bola finalmente irá rolar no maior campeonato de futebol do país. Ainda não dá para fazer previsões, principalmente porque muitas negociações de jogadores ainda serão feitas, algumas delas em regime de emergência, depois dos resultados negativos de vários grandes clubes nestas primeiras competições do ano. Dizem que os estaduais não tem importência. Mas como cai técnico após o time se afundar no estadual! Alguns caem até mesmo antes do campeonato terminar. Acho que o período destinado aos estaduais está muito grande. 23 datas reservadas para eles é muita coisa. Se fosse 17, 19 ou no máximo 21 seria mais que suficiente. Depois acontecem rodadas "encavaladas", ou seja, sequência de rodadas domingo-quarta-domingo que cansam os atletas e o bolso do torcedor. Sou contra o fim dos estaduais e um brasileiro ocupando todo o calendário, mas do jeito que está não está legal. Depois falaremos sobre as atrações do Brasileirão, pelo menos as que já estão garantidas.

De seis representantes brasileiros na Taça Libertadores de 2011 (quase me esqueço do Corinthians), apenas um segue na disputa, o Santos. Isso todo mundo já sabe. Prefiro aproveitar este espaço para analisar as lições que esta rodada "negra" de 04/05 passou para todos os envolvidos com futebol. 1) em jogos de ida e volta, quem sedia o primeiro jogo precisa resolver logo a parada. Ou seja, evitar ao máximo que a definição ocorra no jogo de volta. Tem que se dedicar 90 minutos, jogar ofensivamente e aproveitar o máximo de oportunidades. A Liga dos Campeões da Europa teve vários confrontos decididos já na primeira partida, porém tendo em alguns casos os visitantes aberto vantagem na casa do adversário; 2) Nunca subestimar o adversário ferido. Serve para o Fluminense, que fez 3 a 1 em casa e achou que ia lá e traria facilmente a classificação. O Libertad, do Paraguai, mesmo com dificuldades, fez os gols necessários e eliminou o time de "guerreiros"; 3) Vantagem mínima e nada é quase a mesma coisa. O Internacional arrancou um empate de 1 a 1 fora de casa e achou que era suficiente. Ainda mais fazendo um a zero no primeiro minuto do jogo no Beira-Rio. Mas parou aí e assistiu o raçudo Peñarol virar o jogo e se agarrar ao resultado. Se a vantagem é pequena, deve-se esquecer o jogo de ida e se concentrar totalmente nos últimos 90 minutos; 4) Melhor de todos na primeira fase. E daí? O Cruzeiro "voou" na fase classificatória, teve pela frente o pior dos 16 classificados, fez 2 a 1 como visitante e na hora da verdade tudo isso de nada adiantou. Na frente de seu torcedor, fez o fiasco de ser eliminado quando todos apostavam o contrário; 5) Perdeu em casa, agora só por milagre. Há muitos casos de reviravolta fora de casa, mas se não fez a lição de casa direito, não pode reclamar. O Grêmio não fez (derrota de 2 a 1 no Olímpico) e mesmo lutando, apenas cumpriu tabela no Chile. Outra derrota, agora por 1 a 0; 6) Venceu apertado em casa, agora segura a onda! O Santos segurou, mas foi por pouco. Neymar e Ganso jogaram mal, o time paulista tomou um sufoco danado, mas seu goleiro Rafael fechou o gol e garantiu o zero a zero. É o último dos moicanos tupiniquins. Que tenha aprendido todas essa lições.

Vem aí dois finais de semana eletrizantes, com as partidas decisivas de vários estaduais pelo Brasil. Cruzeiro x Atlético em Minas, Gre-Nal em Porto Alegre, Corinthians x Santos no paulistão, Sport x Santa Cruz em Pernambuco, além de Vitória x Bahia de Feira (BA-VI foi na semifinal), Goiás x Atlético/GO, Criciúma x Chapecoense (festa do interior catarinense), etc...  Alguns estados já tem seus campeões, como no Paraná, com o título do Coritiba, e no Rio, já que o Flamengo foi campeão antecipado. No caso do Rio um detalhe a mais: em 2011, Fla campeão sem jogos finais; em 2010 o mesmo ocorreu com o Botafogo, vencedor dos dois turnos. E em 2009 o Bota tinha tudo para fazer o mesmo, pois venceu a Taça GB, mas na decisão do segundo turno um gol contra do seu zagueiro deu a Taça Rio para o Flamengo. Sem falar em 2008, quando o alvinegro venceu a Taça Rio e foi vice na Taça Guanabara. O que quero dizer com isso: os regulamentos dos estaduais estão bem parecidos, tabelas quase simultâneas (pelo menos as finais) mas não há a garantia da decisão. Quando acontece é uma festa. Aí é que entra minha sugestão, já exposta em outros posts: além de se padronizar os estaduais, substituir as semifinais de turno (no caso do Rio, que serviria como modelo) por semifinais de campeonato, compostas dos dois vencedores de turno mais dois times por indice técnico. Agora, se um time vier a vencer as duas taças, não seria campeão direto, mas garantiria já seu lugar na decisão, aguardando o vencedor da semifinal entre os dois vindos do índice técnico. O campeão dos turnos poderia (e mereceria) ter uma vantagem qualquer (jogar por dois placares iguais, ter o mando nos dois jogos, etc...). Assim não haveria a possibilidade de um estadual não ter um fechamento de ouro e nem ficar fora de dois finais de semana tão empolgantes como os que estão por vir.