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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Copa do Brasil antes das mudanças

Vem aí mais uma Copa do Brasil. A última no formato costumeiramente usado. Para 2013 teremos um novo sistema de disputa, que posso explicar mais à frente. Em 2012 mantém-se 64 participantes, sendo 54 vindos dos estaduais e 10 oriundos do Ranking da CBF. Dos 12 principais clubes do país, seis estarão presentes: Palmeiras, São Paulo, Botafogo, Grêmio, Cruzeiro e Atlético/MG, além de outros fortes candidatos, como Coritiba, Atlético/PR, Bahia, Vitória, Sport, entre outros. 

No site da CBF pode-se chegar ao diagrama da competição, com todos os confrontos e o chaveamento. Para terem uma primeira idéia, o Palmeiras vai à Alagoas, o São Paulo viaja até o Pará, o Botafogo visita a Paraíba, os mineiros Cruzeiro e Atlético jogarão no Acre e no Mato Grosso do Sul, respectivamente e o Grêmio vai até o Sergipe. Projetando as semifinais, poderemos ter Botafogo x São Paulo ou Atlético/MG e Grêmio x Palmeiras ou Cruzeiro. Mas são apenas possibilidades. As zebras sempre aparecem nesse torneio. 

Já para 2013, teremos as presenças dos times que estiverem disputando a Libertadores do mesmo ano. Todos os detalhes desta nova competição estão destrichados em posts anteriores. É só pesquisar. Como em 2011 grandes times estarão de fora, teremos uma batalha intensa entre os seis gigantes que jogarão a Copa. Promessa de fortes emoções!



www.cbf.com.br

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Taça GB desigual


Analisando a tabela do campeonato carioca, onde todos sabemos que a competição é dividida em dois turnos (Taça GB e Taça Rio), procurei ver se havia equilíbrio nos mandos de campo e nas sequência de jogos envolvendo os quatro grandes clubes, pois acredito que é importante ninguém ter vantagem em uma competição curta, porém importante, por conta da rivalidade. 

E acabei achando uma desigualdade que não havia nas ediçóes de 2009 e 2010, as melhores tabelas feitas até hoje para o Cariocão (elaboradas pela mesma pessoa). Na Taça Rio, com o mesmo esquema utilizado em 2010, não encontramos problemas, pois cada clube faz 8 jogos (um grupo contra o outro), sendo três como mandante, três como visitante e dois clássicos, sendo um mandante e outro visitante. Mas na Taça GB, que são sete jogos e se necessita de um pouco de qualificação para montar-se a tabela, é que está o problema. O normal seria que cada time tivesse três jogos como mandante e três como visitante, ao enfrentar os chamados pequenos, e um clássico, com mando para um dos lados, obviamente. Mas Flamengo e Fluminense foram beneficiados, pois fazem quatro jogos como mandantes e três como visitantes, mas um desses três é o clássico. Portanto, nos duelos contra os pequenos, ficou quatro a dois, enquanto Botafogo e Vasco seguiram a cartilha, com três vezes enfrentando os pequenos no campo deles, três recebendo-os e um clássico no Engenhão (campo neutro no carioca). 

Se alguém tivesse essa preocupação, era só aproveitar o esquema da tabela de 2009 ou 2010 que tudo ficaria perfeito. Em 2011 já ocorreram esses problemas. No caso do Flamengo, a situação é gritante, pois ele jogs como visitante apenas duas vezes, na segunda e sétima rodadas, pois o confronto contra o Bota será no Engenhão, campo do alvinegro, mas local dos clássicos com o Fla sendo mandante. Comentário que serve também para o Fluminense. Pode? 

Essa desigualdade provoca outra situação curiosa: cada time pequeno deveria, durante os dois turnos, enfrentar os quatro grandes da seguinte forma: dois, como mandante e dois, como visitante. Mas o Macaé só visita um dos grandes, enquanto o Bonsucesso, o Friburguense e o Olaria fazem o inverso: só recebem um deles. É uma pena que uma tabela tão simples como a do Carioca, que antes era tão bem elaborada, está desta forma para 2012.

Balanço Final


Terminou a temporada 2011 do futebol brasileiro. Ou melhor, quase, pois ainda teremos o Santos disputando o Mundial de Clubes no Japão. Mas as competições realizadas por aqui já se encerraram. Tivemos quatro campeões nacionais: Tupi/MG (Série D), Joinville/SC (Série C), Portuguesa/SP (Série B) e Corinthians/SP (Série A). Muita gente questiona quatro séries nacionais, mas não é justo que times menores não tenham chance de fazer festa e ascender à divisões superiores. Portanto, está bom do jeito que é hoje. 

Sobre a Série A, o Corinthians venceu, mas poderia ser qualquer outro time, pois o campeonato foi bastante equilibrado, muito em função da quantidade de tropeços que os líderes tiveram. Houve momentos em que parecia que ninguém queria chegar na frente. Como um tinha que ganhar, ganhou o Corinthians. Além do Vasco, vice-campeão brasileiro (é um título também, principalmente em pontos corridos) e campeão da Copa do Brasil, e do Santos campeão da Libertadores deste ano, mais três times alcançaram vaga à Libertadores do ano que vem: Fluminense (3º), Flamengo (4º) e Internacional (5º). Não chega a ser uma conquista, mas é um prêmio por ter feito uma boa campanha.  

O destaque desta edição de 2011 foi a idéia da CBF em colocar na última rodada de cada turno vários clássicos regionais, com o intuito de evitar "entregadas" para prejuízo de rivais que estivessem disputando algo. Elas não aconteceram, mas por pura casualidade. O fato de termos uma rodada recheada de clássicos é muito louvável. A primeira experiência foi em 2003, por iniciativa do idealizador da tabela na ocasião, mas era apenas no meio de cada turno. Como a TV chiou, pois complicava a sua grade de programação não ter times grandes jogando fora do estado, condição para que haja transmissão para a sua praça, essa idéia foi abolida. Voltou agora, por imposição da presidência da CBF. O que atrapalha é o desnível técnico que a tabela provoca, prejudicando alguns times quanto ao equilíbrio de mandos na reta final. Mas como pouca gente liga para critérios técnicos, só se ouviu elogio à essa medida. 

Concordo que a emoção multiplicou-se na rodada final por conta das rivalidades, mas a violência, infelizmente, também aumentou. Não sei se houve mortes, mas a imprensa tratou de abafar, pois lucrou com esse desfecho diferente. Para 2012, se o "software  permitir", teremos de novo clássicos no final. Espero que sejam outros confrontos, para não parecer a mesma tabela. No geral, foi um bom ano, com competições emocionantes e craques despontando. Só a Seleção Brasileira destoou um pouco, mas sobre ela falaremos depois.
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Nova Copa do Brasil - parte 2


Agora já é oficial: teremos mudanças na Copa do Brasil a partir de 2013. Tudo vai de encontro ao que já foi dito aqui no post anterior. Ficou faltando acrescentar alguns detalhes: 

1) Os times vindos da Libertadores entram na Copa do Brasil nas oitavas-de-final, juntando-se aos 10 classificados na fase anterior. Como é preciso chegar a 16 clubes, se forem apenas cinco os clubes da Libertadores, o melhor colocado no Ranking Nacional de Clubes ocupará esta sexta vaga, entrando somente nas oitavas da Copa do Brasil. Isso precisa ficar bem esclarecido, ou então ser repensado, pois cria-se uma situação curiosa: esse clube que vem do ranking (certamente um grande clube brasileiro) ficará sem jogar nenhuma competição no primeiro semestre, excluindo seu estadual, pois não jogará a Libertadores e só entrará nas oitavas da Copa do Brasil, lá no mês de agosto. Enfraquece um pouco o início da CB, pois será mais um time de grande torcida que não participa da CB desde o início. 

2) Alguns órgãos de imprensa estão informando que participarão da Copa Sul-Americana os melhores colocados no Brasileirão que sejam eliminados precocemente da Copa do Brasil. Não é bem assim. Os quatro que vão para a SA virão dos oito eliminados nas oitavas-de-final da CB. Dentre eles, aí sim os melhores colocados no brasileiro anterior serão contemplados. É como se fosse uma repescagem, mas para uma outra competição. Existe a possibilidade de times menos tradicionais jogar a SA sim, mas o Goiás em 2010 foi à final e quase fez história, o que seria uma alavanca para ele ser mais conhecido internacionalmente. Futebol é para todos e não para alguns. Mas há também a chance de um time que jogou a Libertadores entrar na Sul-Americana, aumentando a representatividade do Brasil, coisa que não acontece não versão atual.

3) Outras notícias infundadas dão conta de que alguns times jogarão competições simultaneamente e para isso precisarão de elencos grandes. Não é verdade. Quem está na Libertadores só entra na Copa do Brasil após o término da competição sul-americana. Caso esse time não avance para as quartas da CB, poderá aí sim entrar na Sul-Americana, de acordo com o critério que expliquei anteriormente. A Copa do Brasil correrá paralelamente à Libertadores (primeiro semestre) e à Sul-Americana (segundo semestre), mas com times distintos. 

4) Agora o campeão da Copa do Brasil poderá defender seu título no ano seguinte, o que não ocorre atualmente. 

5) Com o encerramento da Copa do Brasil acontecendo próximo ao final do Brasileirão, abre-se a possibilidade de se marcar um tira-teima, no ano seguinte, entre os dois campeões (uma espécie de Recopa). 

6) Teremos três decisões no final do ano (Brasileiro, Copa do Brasil e Sul-Americana), todas valendo vaga para a Libertadores do ano seguinte. Li em algum lugar que o calendário ficará mais apertado com essas medidas. Engano. Pois a fase da Copa do Brasil que será acrescida acontecerá nas datas da extinta fase nacional da Sul-Americana. O que muda é a participação de cada clube. As datas a serem utilizadas continuam as mesmas.

7) A classificação para a Sul-Americana através da colocação no Brasileiro é uma boa, pois haverá uma disputa acirrada por melhores colocações (inclusive em divisões interiores), já que todos podem, após uma eliminação na CB, acessar à SA. Hoje, ser 6º ou 12º no brasileiro é a mesma coisa. E time de série B não tem atualmente chance de jogar a SA. Com o novo formato, terá. Quero frisar que não é possível continuar com a classificação direta para a SA através do brasileiro, como é atualmente, pois CB e SA correrão paralelamente e um clube não poderá disputar as duas ao mesmo tempo. Por isso ele tem que sair da CB para entrar na SA.

Resumindo, foi uma decisão acertada, com vantagens para o futebol brasileiro, o que não é comum acontecer, pois a CBF reluta um pouco em criar novos projetos que possam trazer novidades. Espero que eles tomem gosto e promovam mais novidades. 

PS: Para que fique bem explicado como será o critério para definição, pelo ranking de clubes, do sexto time que entrará nas oitavas da Copa do Brasil, caso seja necessário: em ano que só tenhamos cinco representantes na Libertadores, o sexto time que completará o grupo que entrará no meio da CB virá do Ranking da CBF. Supondo que o 1º do Ranking esteja na Libertadores, busca-se o segundo. Se a situação se repetir, entra o terceiro. E assim sucessivamente. Portanto, até o sexto colocado poderá ser "pescado" se os cinco anteriores a ele no ranking estiverem na Libertadores. Aí notei uma outra situação: até segunda ordem, se um brasileiro ganhar a Sul-Americana e não obtiver vaga à Libertadores por outro meio, fica com a vaga que seria do pior entre os classificados pelo brasileiro (quase que o Goiás fez isso em 2010). Mas, como já estará na SA seguinte, não joga a CB. Com isso, se não tivermos brasileiro ganhando a Libertadores, apenas quatro times (três pelo brasileiro e um pela CB) entrarão no meio da CB por terem jogado a Libertadores. Faltariam portanto dois clubes para completar os seis. Aí o Ranking seria utilizado para "pescar" dois times e não apenas um.

Nova Copa do Brasil: #eujasabia


Nesta quinta-feira a CBF divulgará alterações que serão feitas no calendário do futebol brasileiro para o ano de 2013. Não sabemos a totalidade das mudanças, mas algumas já vazaram na imprensa: a volta da Copa do Nordeste (falta saber o sistema de disputa e o período que será realizada) e mudanças na Copa do Brasil. 

A principal novidade é a volta da participação dos clubes que disputarem a Taça Libertadores do mesmo ano. Eles entrarão nas oitavas-de-final (quarta fase) após o término da competição sul-americana. Jogarão quatro fases na busca pelo título nacional. Sendo assim, a Copa do Brasil deverá ganhar uma fase a mais (de seis passará a ter sete fases) e aumentará o número de participantes, para 86 clubes. Outra novidade será o sistema de acesso à Copa Sul-Americana. Até este ano, os oito times colocados no Brasileirão após os que garantiram vaga à Libertadores eram os indicados para a Fase Nacional da Sul-Americana. Jogavam entre si para chegar a quatro que entravam na fase internacional. Agora isso vai mudar. Já no BR-12, não tem mais essa de 5º ao 12º irem para a SA. O que vai ocorrer é o seguinte: Os 16 times que participarem das oitavas-de-final da CB de 2013 (já com a participação dos times vindos da Libertadores) disputarão oito vagas para as quartas. Dos oito que forem eliminados, quatro serão indicados pela CBF para a SA. Com qual critério? suas colocações no Brasileiro do ano anterior (da Série A até a Série D, se for o caso). Os quatro mais bem classificados irão para a fase internacional da Sul-Americana, acabando-se assim a fase nacional com oito clubes. 

O que podemos deduzir? 1) não teremos mais o campeão da Copa do Brasil "desmotivado" no Brasileirão, pois a CB só acabará em novembro, um mês antes do final do brasileiro; 2) teremos mais times disputando duas competições simultâneas no final do ano (alguns vão caindo pelo caminho,  mas pelo menos dois - os finalistas da CB - terão que se desdobrar até novembro); 3) a Copa do Brasil ganha corpo, com o aumento do período de disputa, do número de participantes e a presença dos times da Libertadores; 4) acaba a fase nacional da Sul-Americana, sempre com jogos deficitários e sem interesse. 5) sistema bom para a TV, que terá garantia de bons jogos para transmitir no segundo semestre, sem a incerteza da participação de brasileiros na Sul-Americana. 6) vamos aguardar para ver o comportamento dos clubes que estiverem nas finais da CB, quanto ao seu interesse no Brasileiro, que acontecerá simultaneamente (ou vice-versa). Se lembrar de outros comentários, volto aqui. 

Coloquei no título EU JÁ SABIA porque essa situação já estava sendo estudada faz tempo e, por ter contato com pessoas ligadas à CBF e à TV, participava do processo, discutindo e sugerindo alguns pontos, alguns deles adotados. Vamos aguardar porque poderemos ter mais novidades, se não hoje, num futuro próximo.

PS.: Lembrei de um detalhe importante: como o campeão da Copa-Sul-Americana de um ano já tem vaga assegurada, tanto na Libertadores como na Sul-Americana do ano seguinte, este (no caso de ser um clube brasileiro, obviamente) não participará da Copa do Brasil , por não ter condições de avançar nesta competição e jogar simultaneamente a fase internacional da Sul-Americana (conflito de datas). É o único caso de impossibildade de se participar da Copa do Brasil, excluindo os que não obtiverem classificação, evidentemente.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

E chegamos à rodada final



Depois de 37 rodadas absolutamente malucas, onde só tivemos resultados surpreendentes, chegamos à última rodada do Brasileirão, a tal "rodada dos clássicos". Não mudo a minha opinião a respeito (vou lembrá-la mais à frente), mas também não sou hipócrita em negar que uma rodada decisiva contendo confrontos estaduais de qualquer maneira já é uma rodada emocionante e tensa, ainda mais com tantas disputas envolvidas. A imprensa está adorando, pois não olha critérios técnicos e quer ver o "circo pegar fogo". O objetivo de não termos "entregadas " neste ano foi conseguido por outros motivos que não somente a marcação dos clássicos no final. É claro que se esta rodada programasse grandes jogos interestaduais, talvez algum jogo propiciasse uma armação. Mas nunca saberemos. 

Não sei se repararam, mas quase que esta emocionante rodada transformou-se em mera reunião de amistosos. Em certo momento, na rodada anterior, estávamos conhecendo o campeão (Corinthians) e os quatro rebaixados (Avaí, América/MG, Atlético/PR e Ceará), tornando-se a medida dos clássicos frustrada. Mas dois gols aconteceram e mudaram todo o panorama. Aí a medida passou a ser acertada. Coisas do futebol. Já avisaram que ano que vem tem mais. Porém seria bom esperar mais um pouco, pois alguns problemas ainda podem surgir: Primeiro, os clássicos na mesma cidade. Foi definido na canetada o local de Vasco x Flamengo, para revolta do Botafogo, dono do Engenhão e impossibilitado de jogar lá, mesmo sendo mandante e ainda com chances de Libertadores. Da mesma forma. levaram São Paulo x Santos para Mogi Mirim, quando o Tricolor ainda briga por Libertadores e não jogará no Morumbi porque o Corinthians resolveu voltar a enfrentar o Palmeuiras em São Paulo (estava jogando sempre no interior). 

Outro problema pode ser o da segurança. Os clássicos serão de alto risco. Cruzeiro x Atlético e Atle-Tiba podem definir rebaixados. Dois jogos decidem o título (Vasco x Flamengo e Corinthians x Palmeiras) e outros cinco valem Libertadores (Inter x Grêmio, Botafogo x Flu, São Paulo x Santos e Avaí x Figueirense, além de Atlético x Coritiba). Tudo "fio desencapado". Já vimos vários distúrbios acontecerem em jogo de uma torcida só, imaginem em clássicos! Não quero ser profeta do apocalipse, mas se algo ocorrer de ruim, tenho a consciência tranquila que alertei os responsáveis no momento certo, eles ouviram mas preferiram arriscar. Espero que ganhem a aposta, para que o campeonato acabe bem.
sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Reta final desequilibrada


Já toquei nesse tema várias vezes, mas com a aproximação do fim do Brasileirão, ficam mais nítidas minhas contestações quanto à elaboração da tabela do BR-11 neste molde proposto pela Presidência. Com o objetivo de se evitar "entregadas" em partidas decisivas, colocou-se muitos clássicos nas duas rodadas finais, em especial na última, uma overdose de confrontos dentro do mesmo estado.

O fato de não termos tido jogos facilitados nesta edição não tem nada a ver com esse procedimento. Foi uma feliz coincidência os jogos já realizados não terem times sem compromisso algum, podendo assim prejudicar um rival. Os cariocas estavam todos disputando o título ou vaga na Libertadores. Corinthians e São Paulo poderiam ter sido prejudicados pelo Palmeiras, mas a incômada posição do Verdão na tabela não permitiu. Cruzeiro e Atlético brigam para não cair e não podem dar-se ao luxo de perder jogos neste momento. Grêmio e Inter praticamente não disputam nada ( o Inter, agora, se meteu na briga pela Libertadores, mas os confrontos do Grêmio não influenciam nessa disputa), etc...

O que restou, então, dos clássicos no fim? Uma tabela totalmente desequilibrada, beneficiando alguns, prejudicando outros e sendo indiferentes, neste momento, para terceiros, por circunstância de classificação. Mas a tabela, elaborada em março, não pode prever quem vai disputar algo ou não. Ela tem que ser igual para todos.

Então, vejamos: cinco times não viajam mais nestas três rodadas finais (VAS, SPA, GRE, CTB e FIG), ou seja, jogam perante seu torcedor nas três rodadas decisivas. Cinco times fazem as duas últimas no seu estado (ATM, PAL, SAN, FLU e FLA), uma grande vantagem, sem dúvida. Paralelamente, se olharmos duplas rivais, veremos discrepância: GRE: 3 jogos no Rio Grande, INT: duas fora de Porto Alegre.  FIG: três em Floripa, AVA, duas fora de SC. Até 2010, jogar duas em casa e duas fora nas quatro últimas rodadas era lei. Ninguém se sentia prejudicado ou beneficiado. Este ano, vários times jogaram três em casa e uma fora, o que não é legal.

Se queriam minimizar (não acabar) o problema das "entregadas", poderiam fazer como sugeri na época: Nas quatro últimas rodadas (10 jogos por rodada), em cada uma delas oito confrontos entre times do G12 com times fora do G12 (que historicamente não disputam título, salvo exceções). Os quatro demais times do G-12 se enfrentam, obviamente, mas sem confrontos Rio x São Paulo, onde a incidência de favorecimentos é maior (na teoria).

E além de tudo que falei, faltou dizer que teremos muito provavelmente clássicos sem nenhum interesse na rodada final, com a rivalidade sendo jogada " no lixo". Podemos afirmar, é verdade que teremos jogaços também, mas não sei se não seriam também jogaços em rodadas anteriores. Mas está feito. É aguardar o desfecho deste ano e torcer para que os gestores do futebol pensem melhor e não repitam esse processo em 2012.
quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Os estaduais batem à porta


Faltam três rodadas para terminar o Brasileirão. Logo a seguir começam as férias dos jogadores e depois chega a pré-temporada para um novo ano futebolístico. O que vem depois disso? Acertou. Os campeonatos estaduais. Tão contestados e maltratados, mas charmosos como sempre. Por conta do Estatuto do Torcedor, que exige a divulgação de regulamentos e tabelas com pelo menos 60 dias de antecedência, começam a pipocar na imprensa os sitemas de disputa dessas competições centenárias.

Vou destacar os dois principais estaduais do país: o Paulistão e o Cariocão. Em SP, continuam 20 clubes participantes, em duas fases. A fase preliminar, em turno único de pontos corridos (19 rodadas) para, neste ano, classificarem 8 times que jogarão a fase final. Com quartas-de-final, semifinal e final, em jogo único, exceto a decisão. Ano passado classificavam-se quatro equipes apenas. Minha opinião? acho muito extenso, com um time jogando 19 jogos, grande parte deles deficitários, para ficar entre oito classificados, condição que este clube deve alcançar com muita antecedência, desvalorizando os jogos finais. Há, é verdade, a disputa por melhores posições para obter vantagens na fase final, mas o risco de ser eliminado em apenas um jogo ruim é muito grande. Ou seja, muitos jogos de pouco apelo no início, para uma fase final (quente) com poucos jogos.

Em relação ao Campeonato do Rio (não é só de cariocas, pois tem times de todo o estado), o sistema é mais interessante, mas contém uma falha que foi percebida claramente nos dois últimos anos: a possibilidade de um time ganhar os dois turnos e, com isso, não termos finais de campeonato. Foi assim em 2010 (Botafogo) e 2011 (Flamengo). E quase aconteceu em 2008 e 2009, com o Botafogo vencendo um dos turnos e ficando em segundo no outro, em cada ano. Para tentar evitar isso, enviei à FERJ, onde tenho amigos lá, uma adaptação ao sistema atual, mas não obtive resposta da direção. Mandei essa mesma sugestão à Rede Globo, grande interessada em haver finais, e obtive uma resposta positiva, com elogios à minha idéia. Ficaram de debater com a FERJ, mas como o sistema atual foi mantido, não devem ter obtido êxito na conversa.

Resumindo, seria o seguinte: em vez de termos semifinais de turnos, teríamos semifinais de campeonato, com os dois campeões de turnos, mais dois times por índice técnico. Se um time ganhasse os dois turnos, estaria automaticamente na final, aguardando o duelo entre os dois classificados por índice técnico. Assim as finais estariam garantidas. Vamos aguardar 2012 e ver se o problema irá se repetir. E ficar ouvindo as lamentações de quem não quis resolver essa questão.
terça-feira, 8 de novembro de 2011

Contatos imediatos


Sempre que olho as estatísticas do blog, fico feliz em saber que, além dos amigos brasileiros que prestigiam nosso trabalho, tem gente de várias partes do mundo acessando, curtindo e retornando outras vezes. Muito legal. Só para citar como exemplo, tem gente dos EUA, Alemanha, Holanda, França e até de Angola, entre muitos outros lugares.

Mas como não aparece a informação de quem são esses amigos de fora do país, pediria que, se possível, enviassem uma mensagem se apresentando, para que possamos fazer um "contato imediato" com essas pessoas tão especiais. Um e-mail para esse contato é
ppaulolima@bol.com.br.  Continuem nos prestigiando, mas mandem uma mensagem para podermos conhecê-los. Vale também para quem é daqui do Brasil. Será muito legal conhecê-los também.
sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Fim da (primeira) polêmica



A polêmica felizmente acabou. No episódio envolvendo o jogo Vasco x Botafogo pelo BR-11, o Vasco tinha total direito de jogar em casa, desde que sua casa estivesse apta para receber qualquer jogo, o que não é o caso. O próprio Vasco tem consciência disso, mas quis embarcar numa canoa furada e a canoa afundou. A CBF agiu corretamente e acabou resolvendo dois problemas, pois o jogo Vasco x Flamengo também não será em São Januário.

Mas então onde será? A CBF que descasque a banana que ela mesmo plantou e colheu. Não precisava mudar o modelo de tabela que já faz sucesso há 8 anos (desde 2003). Por conta da falta de ética de alguns clubes que optam por facilitar o jogo para o adversário com o intuito de prejudicar seus rivais, acharam interessante colocar clássicos locais na última rodada, cujos jogos precisam ser simultâneos. Além de desnivelamento técnico na tabela, tem essa questão de dois clássicos na mesma cidade.

Se até lá não arrumarem um jeito de punir o Botafogo e obrigá-lo a jogar fora do Engenhão, Vasco x Fla poderá ser em Macaé, Volta Redonda ou até fora do estado. Colocar os dois jogos na cidade do Rio é temerário, pois a PM dificilmente conseguiria conter quatro torcidas exaltadas. Que sirva de lição para que, ano que vem, não cometam de novo este erro que foi concentrar clássicos no final.
quarta-feira, 2 de novembro de 2011

A polêmica só aumenta


Estamos chegando nas rodadas decisivas do Brasileirão e com elas segue a polêmica dos clássicos nesta reta final. Já falei várias vezes que era um problema evitável, bastando para isso não marcar clássicos nas últimas rodadas, principalmente nas duas últimas, onde os jogos terão que acontecer simultaneamente. Não foi por falta de aviso, pois tenho contato com pessoas que participam da organização da competição e externei minha opinião lá no mês de março.

Mas já que está feito, vamos falar sobre a primeira polêmica: Vasco x Botafogo no Engenhão ou em São Januário? No início do ano foi feito um acordo entre os quatro grandes clubes no sentido que TODOS os clássicos cariocas acontecessem no Engenhão, o principal e mais seguro estádio do Rio de Janeiro, na ausência do Maracanã. O Flamengo e o Fluminense enfrentaram o Botafogo no Engenhão, mesmo na condição de mandantes.

Agora vem o Vasco, forte candidato ao título, e resolve "roer a corda" passando a exigir que os dois clássicos que lhe resta fazer como mandante sejam no seu estádio, São Januário, que só comporta pouco mais de 20 mil pessoas. Acho que seria justo e correto que ele pleiteasse isso a partir de 2012, mesmo a contragosto da PM. Querer isso agora serve apenas para tumultuar esse belo final de campeonato. O Botafogo, mesmo sem ser obrigado, oferece metade do Engenhão para os rivais, e agora exige que, se o jogo passar para SJ, tenha o mesmo tratamento.

Amanhã teremos uma decisão. Espero que com bom senso. Esta definição interferirá diretamente na outra polêmica: onde será o jogo Vasco x Flamengo? Aí o problema acontece em função da marcação de dois clássicos cariocas na última rodada, a tal mancada da CBF. Falarei sobre isso depois, mas acho uma temeridade uma decisão de Brasileirão em São Januário, envolvendo duas torcidas super rivais, mesmo que uma delas possa não estar disputando a taça. Amanhã eu volto.
segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Pan terminou bem


Depois de 17 dias de belas disputas esportivas, terminou o Pan de Guadalaraja, que se não superou o Rio em termos de grandiosidade, mostrou um país vibrante e interessado na competição, além de belíssimas instalações esportivas, algumas modestas, como o Estádio de Atletismo, outras suntuosas, como o Centro de Natação.

Como era de se esperar os norte-americanos, mesmo com uma delegação sem estrelas, terminaram na liderança do quadro geral de medalhas. Cuba, com sua forte estrutura voltada para o esporte, ficou com a segunda colocação. Em terceiro o Brasil, com sua melhor participação em Pans fora do país. Logo atrás vieram México e Canadá.

Dos atletas e equipes brasileiros, podemos destacar: as vitórias do atletismo (além dos velocistas, destaque para Maureen Maggi); o fortíssimo judô masculino; a ressurreição do boxe, ainda inferior à Cuba, mas com uma sensível melhora; Diego Hipólito e a equipe masculina de ginástica; a ginástica rítmica (espetacular a performance das nossas meninas); o timaço da natação, com absoluto destaque para Thiago Pereira e Cesar Cielo, sem esquecer das novas revelações que devem conseguir medalhas em Londres/12; o extraordinário voleibol brasileiro, 100% ouro (na quadra e na praia - homens e mulheres); o handebol feminino (ouro) e o masculino (prata); o show da vela, com cinco ouros conquistados; e outros destaques individuais, como Hugo Hoyama, Marcel Strumer (patinação artística), além do inédito ouro no levantamento de peso. Não dá pra citar todos. Parabéns para quem eu esqueci.

A se lamentar, as participações do futebol masculino (o feminino foi bem, mas vacilou na decisão); o basquete masculino e feminino; Fabiana Murer, apenas prata quando todos esperavam o ouro; o taek-won-doo, que não conseguiu ouro, tendo Diogo Silva e Natália Falavigna no grupo. Como presonagens do Pan, destacamos Maurine (futebol feminino) pela superação perante a morte do pai, Jaqueline (volei) pela grave contusão cervical, que felizmente não deixou sequelas. e o atleta brasileiro da ginástica de trampolim que caiu fora da cama elástica, dando um susto em todos.  Para terminar, parabéns (com ressalvas) à Rede Record, que na medida do seu possível, trouxe até nós todas as emoções desse Pan, um aperitivo para o que vem por aí em 2012 e, principalmente, em 2016, aqui no Rio.
sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Maracanã, o assunto do momento


Ainda repercute no mundo do futebol a decisão da FIFA, com a divulgação da tabela da Copa de 2014, de não programar nenhuma partida da Seleção Brasileira no Estádio do Maracanã, a não ser que o Brasil chegue à decisão. Já externei minha opinião a respeito, juntamente com a solução para minimizar o problema, mesmo sabendo ser difícil uma mudança neste quadro.

Mas agora quero falar sobre o "maior do mundo" e tudo que o está envolvendo neste momento. Estão criticando muito o fato de se gastar uma fortuna com a remodelação total do estádio para, no final, o Brasil nem jogar lá na Copa. Não é bem assim.

Primeiro, teremos a Copa das Confederações em 2013, com a final já garantida no Maraca, podendo ter ainda outros jogos marcados. Segundo, serão sete jogos pela Copa do Mundo, incluindo a grande decisão, o jogo que realmente fica para a história em uma Copa. Terceiro, sediaremos a Copa América em 2015 e duvido que a final não seja lá também. E pra terminar vem aí as Olimpíadas de 2016, com as cerimônias de abertura e encerramento, mais as partidas de futebol sendo realizadas no principal estádio brasileiro. Isso já mais do que suficiente para fazer sentido a grande reforma.

E o Maracanã não é descartável, ou seja, depois de 2016 ficará como legado para o futebol carioca e brasileiro, podendo ser palco de qualquer competição futebolística que queira sediar.
Sem falar no quesito segurança, pois o estádio já tem 61 anos e estava com sua estrutura comprometida, principalmente a das marquises. Portanto, o único problema é realmente não ter sido marcado outro jogo do time canarinho no maior cartão postal do futebol brasileiro. Ainda dá tempo. Precisamos é de disposição das autoridades para corrigir este deslize.

Arrá, urrú, o Maraca é nosso!!!
quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Tabela da Copa 2014: apenas um senão


Nesta quinta tomamos conhecimento da tabela da Copa do Mundo de 2014 e da Copa das Confederações de 2013, além de outras decisões importantes. Ainda não tive tempo de analisar detalhadamente a tabela, mas no geral o trabalho foi bem feito, dado a sua complexidade. Algumas cidades sediarão quatro partidas, outras terão cinco jogos, São Paulo e Belo Horizonte, seis, e com sete jogos, Rio e Brasília. A abertura será em São Paulo (justo), Fortaleza e Brasília receberão o Brasil na primeira fase, as semifinais serão em Sampa e Belo Horizonte e a grande final, obviamente, será no Maracanã.

Por falar no Maraca, está aí o único senão que detectei (não só eu mas todos os brasileiros): o Brasil só jogará no Rio se chegar à decisão. Com o time atual, a chance do estádio não ver nosso escrete é imensa. Em contrapartida, Belo Horizonte verá o Brasil nas oitavas e na semifinal, caso terminemos em primeiro no grupo. O mesmo vale para Fortaleza, que receberá o Brasil na primeira fase e nas oitavas, se ficarmos em segundo ou ns quartas, se passarmos em primeiro. Porquê repetir sede e deixar o Maracanã com essa ameaça de não sediar jogo do Brasil?

Se houver tempo para revisar a tabela, a solução é fazer uma "triangulação": Brasil em primeiro, jogo no Rio nas oitavas (não em BH); se for segundo, jogo das oitavas em BH (não em Fortaleza). Aí seria preciso uma adaptação na fase seguinte (inverter Salvador com Fortaleza nas quartas). Assim se corrigiria uma injustiça ao Maior do Mundo. E Fortaleza não seria prejudicada, pois já tem Brasil garantido na primeira fase. poderá recebê-lo novamente nas quartas e teria um outro grande jogo de oitavas (o jogo que o Maracanã sediará, na tabela atual - terceira parte da triangulação sugerida). Será que dá tempo para essa correção?

Veja aqui a tabela da Copa do Mundo 2014:

http://pt.fifa.com/mm/document/tournament/competition/01/52/99/91/2014_fifa_world_cup_matchschedule.pdf

Depois volto com uma análise mais detalhada.
segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Pan começa bem


Como prometi, estou acompanhando com atenção os Jogos Pan-Americanos, por ser uma competição importante, ainda mais para um país que sediará uma olimpíada em 2016, como também porque a Rede Record está se esforçando para fazer uma cobertura completa e competente. Desde a cerimônia de abertura, aliás muito bonita, colorida e de bom gosto, apesar de simples, passando pelas competições de natação, onde o Brasil tem feito bonito (quatro ouros já conquistados até domingo).

A se destacar nestes dois primeiros dias, a seríssima contusão da brasileira Jaqueline, do vôlei (escapou de consequências irreversíveis, por conta da fratura cervical) e a superioridade de Cesar Cielo, que independente do nível dos concorrentes, parece não ter rivais no mundo à sua altura. Certeza de ouro em Londres.

Quanto à transmissão da Record, me incomoda o ufanismo de alguns comentaristas, como por exemplo Fernando Scherer, o Xuxa, pois em todas as provas ele crava que o Brasil vai ganhar ouro, quando a realidade não é bem essa. Outra coisa que não está agradando é o narrador ficar falando sem parar. Parece que nem respira. Deixe a imagem "falar sozinha" de vez em quando. Os ouvidos agradecem. No mais é continuar torcendo para o Brasil se consolidar como uma potência panamericana, último degrau antes de virar uma potência olímpica, o que pode acontecer em 2016.
sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Pan sem Globo. E daí?


Alguém aí sabe quando começam os Jogos Pan-Americanos? Sabe qual país sediará? O nome da cidade-sede? Quais atletas estarão defendendo o Brasil? Que horas acontecerão as competições? Muito provavelmente poucos saberão. Porquê? Porque a Rede Globo não transmitirá a competição. E sendo assim, nenhum segundo de sua programação está sendo voltado para o Pan de Guadalajara/MEX, mesmo após uma superexposição do nosso Pan de 2007. Também mesmo estando a menos de um ano dos Jogos Olímpicos de Londres (que por sinal a Globo também não tem os direitos).

Tudo isso porque quem vai acompanhar os jogos será a Rede Record. Não sei como foi feita a negociação para a compra dos direitos de transmissão, mas só sei que a Record conseguiu a exclusividade (palavra até então só usada pela Globo) para o Pan e as Olimpíadas do ano que vem. Acho que o Sportv transmitirá de Londres, mas o Pan, nem pensar. Moral da história: como a Globo monopoliza as Tvs dos nosso lares, poucos estão inteirados sobre essa importante competição, que alíás se inicia hoje (sexta) às 22 horas, com a Cerimônia de Abertura no estádio do Chivas Guadalajara. A partir de amanhã começam as disputas, com o Brasil levando uma fortíssima delegação (não é a força máxima), mas que tem muita gente boa, principalmente na natação, ginástica artística, vôlei feminino, futebol e atletismo.

Vale a pena pegar o controle remoto e clicar o número da Rede Record. A Globo já tem o seu espaço garantido. Vamos valorizar quem quer trabalhar sério na área esportiva. Estarei ligado e virei sempre aqui comentar o desempenho dos brasileiros, que querem repetir o que conseguiram no Pan do Rio (que saudade!). Não vejo a hora de chegar 2016!
quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Quando eles querem, eles jogam


Depois de uma partida pífia contra a fraca seleção da Costa Rica, o Brasil voltou a campo para enfrentar o México, uma seleção bem mais gabaritada. Com o goleiro Jeferson começando um jogo na Seleção pela primeira vez, o Brasil logo levou um gol (contra, de David Luiz) e parecia que teríamos outra atuação apática e, consequentemente, uma derrota. Por pouco isso não se confirmou, num pênalti marcado e com a expulsão de Daniel Alves. Mas Jefferson mostrou ao país sua condição de goleiro de seleção e pegou o pênalti, colocando o Brasil de volta no jogo.

No segundo tempo, num jogo muito disputado na bola e na entrega dos jogadores, Jefferson mais uma vez salvou o Brasil, com uma difícil defesa à queima-roupa. Foi a senha para o Brasil buscar a virada, que veio com um belo gol de falta de Ronaldinho e um golaço de Marcelo, minutos depois.

Vitória importante para acalmar os críticos de Mano Menezes, mas que não pode encobrir os problemas do time, muito longe do que se espera para ganhar a nossa copa em casa. E mostra também que o Brasil não se comporta adequadamente quando enfrenta uma seleção considerada fraca, só demostrando vontade de vencer e dedicação quando se depara com um "gigante" do futebol. Não pode ser assim. Seriedade sempre.
terça-feira, 11 de outubro de 2011

Novo calendário, velhos problemas


A CBF divulgou, dias atrás, o calendário de futebol brasileiro para 2012. Nada diferente do atual (2011), o que gerou pesadas críticas, principalmente pelo fato de não se preservar  as datas-FIFA, onde o Brasil fará amistosos e consequentemente desfalcará os times brasileiros em jogos oficiais. Reclamação mais do que justa, pois na Europa, por exemplo, quando as seleções jogam, seus campeonatos nacionais param. Já falei sobre esse tema algumas vezes e agora volto a tocar no assunto, já que o calendário 2012 está “fresquinho”.

Desde que implantaram o sistema de pontos corridos (atualmente com 20 clubes, em jogos de ida-e-volta – em 2003 eram 24 clubes) o Brasileirão precisa de 38 datas exclusivas. Certo. Na Europa tem países com 38 datas e outros com 34, por ter menos times na disputa. E tem também as Copas, similares à nossa Copa do Brasil, além da Champions League, paralela à Europa League. Muito bem. Se aqui só tivéssemos campeonato nacional e Copa do Brasil (paralelamente à Libertadores) e a Copa Sul-Americana (ainda querendo “pegar”), tudo estaria resolvido, pois sobrariam datas para a Seleção jogar sem problemas.

Mas há 100 anos ou mais existem os campeonatos estaduais, embriões do nosso futebol pentacampeão. Quem é contra essa competição brada pela sua extinção e com ela a solução dos problemas do calendário. Mas quem olha o futebol de uma maneira mais ampla, pensando no futuro de milhares de clubes pelo Brasil, não concorda com a extinção dos estaduais. Nem oito, nem oitenta. Prego a manutenção dos estaduais, porém com menos datas (hoje são 23 reservadas e eles). Taí o início da solução: diminuir os estaduais. Se tirarmos, por exemplo, duas datas (passar para 21), já serão duas datas-FIFA preservadas - posteriormente poderia cair para 19 datas; se a Série A tivesse 18 clubes e não 20, quatro datas seriam reaproveitadas; se mudarmos o sistema de disputa da Copa do Brasil (já há um estudo, mas que só deverá ser divulgado no momento certo), poderemos aliviar um pouco mais o calendário; se a Copa Sul-Americana fosse paralela a uma outra competição qualquer, mais espaço conseguiríamos.

Assim é que se analisa um calendário. Não apenas execrá-lo e dizer que tudo teria que ser diferente, mas sem apresentar propostas e soluções. Pena que hoje não posso agir diretamente nesse tema, mas fica aqui minha opinião a respeito. Aguardem, pois para 2013 teremos novidades. Podem confiar.
sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A rodada final está chegando...


Lá pelo mês de março, quando a CBF divulgou a tabela do Campeonato Brasileiro mantendo o sistema de pontos corridos mas lançando uma novidade - a rodada final recheada de clássicos locais - com o intuito de acabar ou minimizar as armações ou entrega de jogo em prujuízo a um rival melhor colocado, todos os envolvidos com o futebol (imprensa, dirigentes, jogadores, treinadores) concordaram com a medida, para eles até tardia, mas que era um avanço para se resolver tal questão. Beleza. É uma tentativa.

Mas eu imediatamente fui "contra a correnteza" neste tema, pois acho muito temerário esse procedimento, por pelo menos quatro fatores (destacados neste blog na época): http://wonderfut.blogspot.com/2011/03/so-quero-ver-o-final-dessa-historia.html
e reforçados em outro post:
http://wonderfut.blogspot.com/2011/08/classicos-no-final-boa-medida.html

1) Clássicos na rodada final não garantem quase nada quanto a "entregas" pois elas acontecem na maioria das vezes nas quatro últimas rodadas, onde ainda teremos muitos confrontos interestaduais entre grandes clubes; além de podermos ter "jogo de compadres" para evitar rebaixamento de clube de uma mesma federação, onde não houver rivalidade exacerbada;

2) Clássico na rodada decisiva é jogo de "altíssimo risco", tanto se ambos estiverem decidindo o título ou fugindo do rebaixamento (vejam o caso dos mineiros);

3) Teremos clubes beneficiados na reta final jogando menos vezes fora de sua cidade, em comparação com seus rivais locais ou outros concorrentes, quando jogarem clássicos como "visitantes";

4) Nas cidades do Rio e de São Paulo teremos dois clássicos para serem realizados simultaneamente. Em Sampa o problema é menor, pois Palmeiras e Corinthians tem jogado costumeiramente no interior (a não ser que mudem de idéia justamente agora). No Rio, porém, temos um problemão, pois o Engenhão é do Botafogo, que não abre mão de jogar lá, por ser o mandante contra o Flu. E aí onde será Vasco x Flamengo? Em São Januário a PM não deixa. No interior não temos estádios à altura de um jogo desse porte, além do perigo de confronto entre as torcidas na estrada. A CBF pensa em exigir o jogo do time melhor colocado no Engenhão. Será justo, caso este time não seja o Botafogo?

Resumindo: vários problemas que poderiam ser evitados, se estas questões fossem discutidas seriamente lá no mês de março. Vamos aguardar. Fim de ano teeenso!
quinta-feira, 6 de outubro de 2011

A CONMEBOL bateu (e bem) o martelo


Três meses após levantarmos aqui no blog a polêmica sobre como ficaria a distribuição das vagas brasileiras para a Libertadores, caso o Vasco conquiste a Copa Sul-Americana (pois ele já tem vaga via Copa do Brasil), a Conmebol reuniu-se e definiu esta questão. Apesar de já ter ouvido críticas (na ESPN Brasil) quanto à demora para se resolver e o critério definido, acho que a entidade acertou em cheio, pois o problema levantado pelo Brasil pode muito bem ocorrer em qualquer dos demais países. Daí uma solução que atenda a toda possibilidade que venha a surgir.

Ficou sacramentado que, se o campeão da Sul-Americana (seja quem for) já tiver obtido vaga para a Libertadores por qualquer outro meio, a vaga passa para o vice-campeão. Se o problema persistir, quem entra é o terceiro, e assim sucessivamente. Viu como em duas linhas o problema se resolve sem contestações?

Agora, tudo isso ocorre porque o campeão da Sul-Americana entra na fase Pré-Libertadores, o que acho errado. Se entrasse na fase de grupos (no lugar de um mexicano, por exemplo, pois não faz sentido um país da América do Norte ter três vagas numa competição sul-americana onde um mexicano, se for campeão, não joga o Mundial de Clubes), seria muito mais fácil resolver a questão. Mas assim ficou bom.

O Brasil, com isso, mantém suas seis vagas na Libertadores intactas. Fica agora a disputa para se saber que entra e quem sai no final das duas competições, o Brasileirão e a Sul-Americana. Só quem ficou triste nesta história foi o Coritiba, que sonhava em herdar a vaga do Vasco. Mas já havia salientado aqui que não via chances do Coxa entrar. Parabéns à Conmebol pela solução salomônica encontrada.
sábado, 1 de outubro de 2011

Concluindo o balanço

Como neste sábado começa a 27ª rodada deste disputado brasileirão, vamos concluir a análise destes 2/3 de competição:

R. G. do Sul:
Internacional (7º): poderia estar mais lá na frente, pelo elenco que tem. Mas não está de todo fora da disputa. Uma boa sequência o colocará entre os primeiros.
Grêmio (13º): é uma das decepções deste ano. Não montou um time competitivo, mas não deve se aproximar do rebaixamento. Vai se contentar com uma vaga na Sul-Americana.

Paraná:
Coritiba (9º): uma ótima temporada. Já tinha chegado à final da Copa do Brasil e vem fazendo uma campanha muito digna neste brasileiro. Se der tudo certo, chega no final brigando pela Libertadores.
Atlético/PR (18º): segue lutando muito para fugir da degola. O desespero já começa a bater nos seus torcedores. Vai brigar diretamente com os mineiros pela 16ª posição.

S. Catarina:
Figueirense (10º): campanha surpreendente. Conseguiu bons resultados, principalmente fora de casa. Não correrá riscos este ano.
Avaí (19º): situação inversa à do seu rival. Só um milagre tira o Leão da Série B. Tem um bom time, mas vem jogando mal.

Minas Gerais:
Cruzeiro, Atlético e América: vale para os três: situação crítica. Há muito tempo o futebol mineiro não se apresenta tão mal no brasileirão. Pior faz o América, virtualmente rebaixado. Galo e Raposa podem até duelar pela permanência na série A em um confronto direto na rodada final.

Demais clubes:
Atlético/GO (12º): grata surpresa. Está no meio da tabela e aí deve permanecer. Tem jogado muito bem no Serra Dourada e no Rio de Janeiro (só perdeu para o Flu, quando chegou a fazer dois a zero)
Ceará (14º): no mesmo nível do Atlético/GO. Fez um ótimo primeiro semestre e manteve o nível no brasileirão. Não deve cair este ano, mas não pode bobear.
Bahia (15º): esperava-se mais dele, mas a saída de Jóbson enfraqueceu seu ataque. Vai lutar para não cair. Está a cinco pontos do Z-4.

Pronto. Agora é esperar o desfecho do campeonato brasileiro.
terça-feira, 27 de setembro de 2011

Alertei há dois meses atrás...


Em 07 de julho postei este comentário, já antevendo uma questão que só agora a mídia despertou e começou a questionar a CBF:

"Estou em dúvida sobre um tema que até agora ninguém abordou na mídia esportiva. Desde 2010 a Copa Sul-Americana passou a dar ao seu campeão uma vaga para a Copa Libertadores do ano seguinte (ano passado o Goiás ficou muito perto de conseguir). Em 2011, oito brasileiros disputarão a competição, entre eles o VASCO, campeão da Copa do Brasil e, portanto, já garantido na "Liberta" de 2012. Agora, se o Vasco conquistar a Sul-Americana terá a vaga por dois meios e certamente usará a da Sul-Americana, por ser uma vaga da CONMEBOL Sendo assim, pra quem ficará a outra vaga? para o vice da Copa do Brasil, o Coritiba, ou para alguém vindo do Brasileirão? Como é uma situação inédita, a CBF precisa se pronunciar o mais rápido possível. "

Sexta-feira próxima a CBF prometeu se manifestar e decidir sobre essa dúvida agora levantada. Minha opinião (antes de saber a posição da CBF) é a seguinte: o campeão da Sul-Americana, sendo brasileiro, dá a vaga ao país, pois uma vaga vinda do brasileirão é subtraída. O campeão da Sul-Americana entra na fase Pré-Libertadores. Como o Vasco, caso vença as duas competições, poderá escolher se entra na Pré (pela S-Am) ou na fase de grupos (pela CB), obviamente escolherá a segunda (diferentemente do que eu pensava em julho). Como temos 6 vagas (incluindo o Santos) e sendo que a CBF define o posicionamento de seus representantes na Libertadores (Brasil 1, Brasil 2, etc...), temos as mais variadas hipóteses:
1-      Vasco entra pela CB e pelo BR: Santos (Libert.), Vasco (pela CB) e dois do BR (fase de grupos); 2 do BR (para a Pré) – como é atualmente
2-      Vasco pela CB e pela Sul-Am: Santos, Vasco (pela CB) e dois do BR (fase de grupos); 2 do BR (para a Pré) – ninguém pela S-Am.
3-      Vasco pela CB, pelo BR e pela S-AM: Santos, Vasco (pela CB) e dois do BR (fase de grupos); 2 do BR (para a Pré) – ninguém pela S-Am.
4-      Vasco pela CB e BOT, SPA ou FLA pela S-Am: Santos, Vasco (pela CB) e dois do BR (fase de grupos); 1 do BR e o campeão da S-Am (para a Pré)
5-      Vasco pela CB e pelo BR e FLA, BOT ou SPA pela S-Am: Santos, Vasco (pela CB) e 2 pelo BR (fase de grupos); 1 do BR e o campeão da S-Am (para a Pré)
6-      Vasco pela CB e BOT, SPA ou FLA pela S-Am e pelo BR: Santos, Vasco (pela CB) e 2 pelo BR (fase de grupos); 2 do BR (para a Pré) – ninguém pela S-Am. ou 1 do BR e o campeão da S-Am, se este já estiver entrando na Pré.
7-      Vasco pela CB e pela S-Am, decidindo com outro brasileiro: Santos, Vasco (pela CB) e 2 do BR (fase de grupos); 1 do BR e o vice da S-AM, sendo um brasileiro (para a Pré)
8-      Vasco pela CB e pela S-Am, com o vice da S-Am. também entrando pelo BR: Santos, Vasco (pela CB), e 2 pelo BR (fase de grupos); 2 pelo BR (para a Pré) – ninguém da S-Am. ou 1 do BR e o vice da S-Am, se este já estiver entrando pela Pré.
Em todas as hipóteses não acho que o Coritiba tenha direito a pleitear uma vaga.

Com a palavra. a CBF.

Chegamos a 2/3 do Brasileirão



Como havia prometido há 13 rodadas atrás, volto para fazer uma análise do Campeonato Brasileiro após 2/3 da competição já ter sido realizada. Dessa vez vou separar por estado, seguindo o desempenho dos seus representantes.

Rio de Janeiro: Vasco (1º): após o problema com seu treinador Ricardo Gomes, o time se uniu, esqueceu a conquista da vaga para a Libertadores via Copa do Brasil e partiu firme rumo à liderança. Teve alguns tropeços, mas bem menores do que os concorrentes. É forte candidato.
Botafogo (4º): faz uma campanha sólida e regular, mas deixou de ganhar alguns jogos que podem comprometer na reta final. Briga firme pela Libertadores e segue na cola dos líderes, pretendendo arrancar na hora decisiva.
Fluminense (5º): não vinha fazendo boa campanha, mas emplacou quatro vitórias seguidas e voltou à briga. O elenco é inferior ao de 2010 e isso pode o afastar do título. Mas pode beliscar a Libertadores.
Flamengo (6º): era um fortíssimo candidato ao título, mas inexplicavelmente emplacou uma sequência de 10 jogos sem vencer e se afastou da liderança. As próximas rodadas serão decisivas para se avaliar o que pode conseguir na competição.

São Paulo: Corinthians (2º): disparou na frente (9 vitórias em 10 jogos) mas perdeu o fôlego. Recuperou a vice-liderança, mas segue com a desconfiança de seu torcedor. Parece que vai brigar pelo título até o final.
São Paulo (3º): também começou bem (5 vitórias), caiu de rendimento mas se recuperou a tempo. Aguarda a estreia de Luis Fabiano para arrancar em busca do primeiro lugar.
Palmeiras (8º): time muito irregular. Em nenhum momento demostrou futebol para brigar pelo título. O ambiente não está nada bom no clube. Não deve pegar nem vaga para a Libertadores.
Santos (11º): como já está na Libertadores/12 e vai se dedicar ao Mundial do final do ano, só vai levar o Brasileiro a sério até o momento que se afastar muito da liderança. Depois, poupará jogadores visando o Mundial em Tóquio.

Depois eu volto com a segunda parte da análise.
quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Convocar é mais fácil


O treinador Mano Menezes divulgou duas listas de convocados para jogos da Seleção Brasileira. Para o confronto contra a Argentina, em Belém, apenas jogadores que atuam no Brasil. Tirando algumas teimosias, como Kleber/INT, Paulinho/COR e Rever/ATM, o grupo está melhor do que o convocado para o primeiro jogo (Leandro Damião, titular absoluto, está contundido). Borges foi chamado em seu lugar. Como novidades, Diego Souza, destaque do Vasco, líder do Brasileirão, e Elkeson, revelação do Botafogo. Renato Abreu e Thiago Neves de fora (que injustiça...rs).

Para os amistosos contra Costa Rica e México, onde todos os jogadores podem ser chamados, destaque para o retorno de Hernanes e a ausência de Lúcio, poupado pelo treinador. O problema não é convocar e sim fazer o time produzir em campo. Os melhores são chamados, mas nada produzem em campo. Vem aí três jogos onde todos ficam esperando boas atuações e acabam vendo partidas decepcionantes. Será que agora as coisas serão diferentes?
terça-feira, 20 de setembro de 2011

Polêmica boa, mas evitável


Hoje em dia, nessa era da internet, com twitter, blogs, comentários, enquetes, toda vez que surge um tema polêmico, que gere discussão, as pessoas envolvidas nessas redes sociais vibram. Quando não é nada apelativo nem prejudicial a ninguém, é interessante e tentador expressar uma opinião e não ficar alheio à discussão.

Se é assim vamos opinar, mesmo que de longe e sem dados precisos, sobre essa questão da confusão na Série C do Brasileiro, envolvedo quatro times nordestinos, entre eles o Fortaleza, clube tradicional. Não dá para explicar tudo em detalhes, por isso vou apenas opinar.

O primeiro erro nesta história é a estratégia de se atrasar o jogo para levar vantagem. O Campinense fez isso no primeiro tempo e o Fortaleza, para não ficar atrás, atrasou o reinício do seu jogo contra o CRB em 12 minutos, com a "tática" dos uniformes iguais. Isso influenciou demais na decisão final das duas partidas, o que é lamentável.

Outra coisa: acho que os árbitros se deixaram influenciar pelo clima das partidas, que valiam a permanência na Série C. O árbitro de Campinense x Guarany/CE errou feio duas vezes, anulando absurdamente um gol do Guarany e validando o gol irregular do Campinense. Com essas falhas ele dava a classificação ao time paraibano. Mas a diferença de tempo entre os jogos propiciou ao Fortaleza saber o que precisaria para se livrar da Série D. Como o juiz do seu jogo se perdeu, marcando um pênalti inexistente para o Fortaleza e expulsando dois atletas do CRB (sendo  um o goleiro) a tarefa ficou fácil para o Fortaleza, que no "abafa" conseguiu os dois gols que necessitava.
Soma-se tudo isso ao fato do CRB já ter a vaga para a próxima fase assegurada naquele momento, desinteressando-se portanto de disputar com afinco a partida.

Primeiro questionamento: o juiz errou em expulsar o goleiro do CRB? acho que não, pois foi alertado pelo bandeirinha que ele havia chutado a bola propositalmente no gandula. Para o juiz não importa se o goleiro reserva não poderia mais entrar, obrigando um jogador de linha a ir para o gol. Ele tem é que cumprir a regra.
Segundo: Está errado o CRB em abrir mão do jogo, sabendo que já tinha sua vaga garantida? acho que não, pois ele estava em clara desvantagem numérica, sem goleiro de ofício  e mesmo que corresse demais provavelmente não evitaria os dois gols. Só não aceito é deixar a bola entrar de propósito, como parece que um jogador tenta induzir seus colegas a agir.
Terceiro: onde o erro foi mais grave? acho que no jogo do Campinense, pelo atraso no início do jogo, que gerou a retaliação do Fortaleza e pelos gols, um mal anulado e outro mal validado, ambos em favor do time da casa.
Quarto: o Fortaleza tem responsabilidade pela atuação confusa do juiz? Não sei, só através de uma investigação poderemos saber. Lembrando que era um juiz de Série A, Gutemberg Fonseca, do Rio (fraco, por sinal).

Resumo: é um problemão para o STJD julgar. Acho que o campeonato deveria ser suspenso (há datas para isso) até que um parecer definitivo seja dado. Só acho que não cabe mais no futebol situações como esta. Algo precisa ser feito para que a lisura prevaleça.

Para terminar, uma pergunta: e se os jogos fossem Campinense x CRB e Fortaleza/CE x Guarany/CE (ambos do mesmo estado) e acontecesse essa polêmica? A primeira desconfiança seria sobre favorecimento (Jogo de compadres) entre os cearenses. Por isso acho muito temerário ter confrontos entre times do mesmo estado na rodada final, como a CBF fez na Série A deste ano. Esta é uma preocupação minha desde a divulgação da tabela. Vamos aguardar.

Uma passada em outros esportes


Com um pouco de atraso, venho aqui comentar a participação do Brasil em algumas competições esportivas nos últimos dias. Sucessos e fracassos que merecem homenagens ou reflexões.

Começamos pelas boas notícias. No remo, ouro inédito para o esporte: Fabiana Beltrame, único atleta brasileiro no Mundial, ganhou a medalha de ouro na sua categoria, ou seja, performance de 100% do Brasil (risos). Mérito para Fabiana, mas decepção para o esporte, de uma forma geral.

No Mundial de Atletismo, um quadro quase parecido. Fabiana Murer não era a única brasileira, mas seu rendimento está muito acima dos compatriotas. Medalha de ouro no salto com vara (unificando os títulos em pista coberta e pista aberta). Já os demais, incluindo Maureen Maggi, Jadel Gregório e outros, decepcionaram.

No basquete, uma classificação heróica do Brasil para as Olimpíadas de Londres, com o vice na Copa América, com direito a vitória sobre o "dream team" argentino, dentro de Mar del Plata. Perderam a final, mas tudo bem. O que importava era a vaga, após 16 anos longe dos jogos.

Na ginástica olímpica, retorno em grande estilo para Daiane dos Santos (bronze). Jade Barbosa pegou prata e Diego Hipólito conquistou ouro e bronze em etapa da Copa do Mundo. Boas perspectivas para Londres.

O judô teve uma boa participação coletiva no Mundial, com várias medalhas, mas nenhuma de ouro. O caminho é esse. Daqui a pouco o ouro aparece.

Menção honrosa para Bruno Senna no seu retorno à Fórmula 1. Já pontuou na sua segunda corrida. Enquanto isso, Rubinho...

Para terminar, uma pena o Brasil não conseguir superar a Rússia, fora de casa, e voltar à elite da Copa Davis de tênis. Foi por muito pouco. Thomaz Belucci teve dois match-points mas não fechou o jogo 4, dando chance para a Rússia empatar a disputa e vencer o jogo 5, eliminando o Brasil. Precisamos rever nossa seleção de tênis. Falta mais um jogador de simples para termos um time forte.

É isso. Parabéns aos vencedores, o que mostra que o Brasil está perto de ser uma potência esportiva (falta quantidade de craques nos diversos esportes, pois qualidade nós temos). E maior reflexão nos esportes que estão se arrastando, sem resultados positivos.
sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Ainda (ou só) faltam 1000 dias


Hoje é um dia importante, mas que amanhã ninguém mais irá se lembrar: faltam 1000 dias para o início da nossa Copa do Mundo. Falo "nossa" com muito orgulho, pois estou realmente ansioso e vibrando com a chance de ver uma copa de pertinho, se possível dentro do estádio. Vai depender dos preços a serem cobrados.

Mas vejo muita gente "torcendo contra" por conta dos gastos excessivos, das condições de trabalho dadas aos operários, da "morte" de algumas tradições, como o sexagenário Maracanã, no seu formato original, das pessoas que certamente se enriquecerão com a copa, etc... Tudo bem. Concordo que poderíamos estar mais avançados nas obras, que poderia haver mais transparência nas contas, que o time poderia estar melhor preparado...

Deixa isso para os pessimistas acompanharem. Quero é curtir esses mil dias acompanhando todo o processo com um olhar otimista, de que tudo vai terminar bem e que faremos uma copa absolutamente emocionante e competente. É um momento histórico para o futebol e para o país, cada dia mais emergente.
quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Já chega, Mano!


Nesta quarta chuvosa, o programa noturno foi assistir o Superclássico das Américas, entre Brasil e Argentina, revivendo a antiga Copa Roca (não é do meu tempo). Finalmente uma idéia diferente nessa mesmice que é o futebol atual. Prova disso foi a maciça presença de público em Córdoba, local do primeiro jogo. Outro barato foi ver uma seleção brasileira apenas com jogadores que atuam aqui. Com isso o torcedor conseguiu torcer de verdade, pois vários clubes estavam representados nessa convocação.

Mas nem tudo foi festa. A começar pela convocação. Dava para fazer um time melhor. Muitas invenções, como Ralf, Renato Abreu, Paulinho, Réver, Kleber, só pra falar do time titular. Jogadores que estão mal em seus times tiveram uma oportunidade na Seleção que nem eles acreditavam. Para piorar, o time em campo apresentou os mesmos problemas da seleção "principal", a dos estrangeiros: muitos passes laterais, ninguém arriscando uma jogada individual, ninguém correndo com a bola, abusaram de passes errados e lançamentos no vazio, pouquíssimos chutes a gol, etc...

Tirando duas jogadas envolvendo Leandro Damião e uma falta cobrada por Ronaldinho, mais nada pode ser aproveitado. O time só mostrou algo parecido com um bom futebol a partir dos 20 do segundo tempo, quando tivemos a impressão que os jogadores se cansaram de obedecer as instruções do treinador e resolveram jogar por conta própria. Precisamos de um treinador ousado, motivador e que entenda de futebol. E que enxergue o óbvio: o time não ganha mais de ninguém porque tem jogado muito mal. E esse cara não é o Mano Menezes. Mudança já, enquanto é tempo.
segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Está difícil torcer


Já faz tempo que a Seleção Brasileira mobilizava a atenção do torcedor quando entrava em campo. As decepções seguidas esfriaram essa relação entre time e torcida. Todos se ligam muito mais nos seus clubes do que no escrete canarinho. Mas sempre dá para arrumar um tempo para acompanhar os jogos, nem que seja para criticar com argumentação.

Mas está difícil torcer. Por várias razões. 1) Pelas atuações descompromissadas de alguns jogadores. Está muito vivo na memória o fiasco da Copa América. 2) Pelos amistosos inexpressivos. O jogo de hoje seria contra uma grande seleção, mas por segurança optou-se por enfrentar uma mais fraca, para não correr riscos. 3) Pelas invenções do Mano. Até a partida de hoje, suas convocações eram compostas de jogadores desconhecidos e de qualidade duvidosa. Nenhuma experiência deu bom resultado. 4) Pelo Ronaldinho. Eu explico: Acho coerente convocar o Gaúcho, pois em terra de cego quem tem um olho é rei. A geração é tão carente de estrelas que Ronaldinho vira salvação. Mas está muito clara a "rasgação de seda" da mídia sobre este jogador. Dá até para suspeitar de participação da emissora oficial na transação envolvendo Ronaldinho e Flamengo (o time foi escolhido a dedo por razões comerciais). Aí quem não é rubro-negro fica tão enojado com essa campanha descarada que acaba tendo que torcer contra, para diminuir esse holofote em cima de um só jogador. Ele não precisa disso.

Espero que tudo isso mude, pois adoro torcer para qualquer competição esportiva que tenha brasileiro envolvido. O problema é que há muito tempo o futebol deixou de ser um esporte...
domingo, 28 de agosto de 2011

Rodada espetacular


No post anterior comentamos sobre a idéia da CBF de colocar clássicos estaduais naas rodadas finais de cada turno. Não vou tornar a externar minha opinião. Quero falar especificamente sobre esta rodada 19 do Brasileiro 2011. Fiquei muito feliz, por defender há muito tempo essa proposta, em ver o interesse dos torcedores em prestigiar esses duelos. Foram jogos eletrizantes, com casa cheia, onde destaco as partidas Flu 1x2 Bota, Grêmio 2x1 Inter, Figueirense 2x3 Avaí e Palmeiras 2x1 Corinthians. Mas os outros jogos também prenderam a atenção dos torcedores até o final.

Acho que este tipo de rodada deve ser repetido nos próximos anos. Porém, a rodada 38 pode ser bem diferente desta. Já tivemos problemas entre torcedores nos jogos Fla x Vasco e Palmeiras x Corinthians. Se foi assim numa rodada que não decidia nada, o que poderá ocorrer na última rodada do campeonato? Essa é apenas uma das minhas preocupações.

Mas isso é futuro. O presente (ou passado) foi uma rodada espetacular, emoção pura para todas as torcidas que tenham rivais locais nessa competição. A lamentar o problema de saúde do treinador Ricardo Gomes, que no momento em que escrevo está em estado muito grave em um hospital. Força, Ricardo.
segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Clássicos no final: boa medida?



No próximo final de semana teremos a rodada de encerramento do primeiro turno do Brasileirão. Com uma série de clássicos estaduais, idéia implantada pela CBF com o objetivo de, na reta final do campeonato, evitar ver times "entregando o jogo" para prejudicar rivais que possam estar disputando o título ou uma vaga na Libertadores.

Ainda estamos na metade da competição e não dá pra projetar se a medida terá êxito. Minha opinião sobre o tema é a seguinte: sempre fui a favor de termos rodadas inteiras envolvendo clássicos estaduais, porém no meio de cada turno. Acho muito legal essa situação porque praticamente todas as torcidas estarão se confrontando com seus maiores rivais e, simultaneamente, poderão curtir essas rivalidades assistindo os clássicos de outros estados. Certamente teríamos estádios cheios em todas as capitais. Foi assim em 2003, no primeiro ano dos pontos corridos.

Mas como a TV sai prejudicada na hora de escolher jogos para transmitir, essa idéia foi abolida. Mas voltou agora, só que na rodada final de cada turno. O que me preocupa é: 1) as "entregadas" não acontecem forçosamente na rodada final, podendo ocorrer na penúltima, antepenúltima, quando ainda temos confrontos interestaduais. 2) esses clássicos no final não são garantia de casa cheia, pois provavelmente teremos times sem interesse ou fugindo da degola, fazendo sua torcida se afastar do estádio. 3) se um dos oponentes estiver à beira do rebaixamento, o jogo torna-se de "alto risco", caso o rebaixamento imposto pelo rival se confirme. 4) dois clássicos simultâneos na mesma cidade é temerário. Alguma solução terá que ser encontrada; 5) há um sensível desequilíbrio de mandos de campo na reta final, com times sendo beneficiados em jogar mais jogos diante da sua torcida, em detrimento do seu rival. .

Como pontos positivos, a possíbilidade de termos uma decisão de campeonato entre times do mesmo estado, uma festa local com certeza; se a decisão chegar à rodada final, os clássicos dificultam a armação ou entrega; se um rival rebaixar o outro, será uma segunda-feira de intensa zoação!

Eu, particularmente, não colocaria clássicos no final. Minha proposta seria manter a configuração padrão, mas evitando-se nas quatro últimas rodadas confrontos entre cariocas e paulistas e minimizando ao máximo confrontos entre times do G-12. Não resolve, mas diminui as possibilidades de problemas, sem afetar o equilíbrio técnico da competição na sua reta final. Quem sabe em 2012?
quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Seleção: reset, depois restart


Quando terminou a Copa do Mundo, com o fiasco da Seleção que nem passou das quartas-de-final, disseram que uma mudança radical aconteceria, com uma mentalidade mais moderna, com jogadores jovens, visando a Copa de 2014, aqui no Brasil. Trouxeram um treinador sem muito currículo, mas promissor: Mano Menezes. Mano chegou e foi logo renovando o time, convocando os "craques da moda" Neymar e Ganso, entre outras caras-novas. Prometeu um futebol vibrante, envolvente, resgatando a magia do futebol brasileiro. Todos nós apostamos nisso.

E o que vemos? Um time sem nenhum padrão tático, sem jogadas ensaiadas e com alguns poucos lampejos de qualidade técnica. Vários jogadores desconhecidos do povão foram convocados, como se a seleção fosse lugar para experiências com novatos. Tirando algumas vitórias sem graça contra adversários inexpressivos, foi um mico atrás do outro. Derrotas para França, Argentina, empate com a Holanda em casa, participação pífia na Copa América e, para culminar, derrota para a Alemanha com o incrível índice de apenas 20% de posse de bola.

Já chega, né? Chega de André Santos, Ramires, Fred... Chega de invenções como Luiz Gustavo, Fernandinho, Renato Augusto, Jadson... Queremos um time que nos dé orgulho de torcer. Que venham de volta Kaká, Ronaldinho, Luis Fabiano, Hernanes e outros que a torcida conheça e saiba da sua capacidade. Que o treinador olhe para o jogador e não para a camisa que ele veste na hora de convocar. E que treine bem o time, cobrando dedicação e eficiência quando estiver em campo.

Se o atual treinador não tiver capacidade para tanto, que a CBF dê um RESET, para em seguida acionar um RESTART, pois faltam apenas três anos para a nossa Copa chegar. Não se esqueçam que só temos uma opção: ganhar a copa!
quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Completando a análise


Ficou faltando comentar sobre os clubes fora do G-12, realizado 1/3 do campeonato brasileiro.

Das oito equipes restantes, quem tem feito bons jogos são: Ceará, Coritiba, Bahia e Figueirense. Os elencos não são maravilhosos, mas os jogadores tem demostrado dedicação e empenho. As torcidas tem apoiado, principalmete o torcedor do Bahia e do Ceará. O principal nome entre esses quatro times é Jobson. Enquanto o resultado do seu julgamento não é divulgado, ele vem jogando e muito bem pelo tricolor baiano. O Coritiba perdeu o pique da Copa do Brasil, mas segue no meio da tabela. O Figueira chegou a ser quinto colocado, mas vem caindo perigosamente. E a carroça cearense segue desembestada, mas deu uma empacada no último jogo, diante do Fluminense.

Em um seguindo escalão, vemos Atlético/GO, Avaí e Atlético/PR. Campanhas fracas, mas estão mostrando recuperação. O Furacão venceu as duas últimas partidas, em casa, e precisa confirmar essa recuperação como visitante. O mesmo se aplica ao Avaí, que conseguiu a façanha de vencer o líder Corinthians. O Atlético-GO consegue bons empates fora de casa, mas não sobe muito na tabela.

Para terminar, o lanterna América-MG. Não vejo muita condição do time mineiro fugir do rebaixamento. Já terá o terceiro treinador neste campeonato (agora Givanildo), o que é um sinal de desespero.

Daqui a treze rodadas eu volto!

Considerações sobre o Engenhão


Movido pela polêmica sobre a real utilidade e utilização do Estádio Olímpico João Havelange, quero fazer uma cronologia dos fatos que cercam o belo Engenhão.

Quando o Brasil (leia-se Rio) candidatou-se a sediar os Jogos Pan-Americanos de 2007, mas vislumbrando ter as Olimpíadas, viu o que o Estádio Célio de Barros seria insuficiente e decidiu construir um moderno estádio de atletismo, já nos moldes olímpicos. Poderia ser feito na Barra, mas preferiu levantá-lo no Engenho de Dentro, onde tinha um bom espaço (pertencente à Rede Ferroviária) e poderia (ou poderá) alavancar o bairro carente. O estádio é de atletismo, portanto projetado para tal, com inclinação mais acentuada para melhor visualização da pista.

Com o fim do Pan, foram convocados todos os clubes e associações esportivas cariocas para uma licitação. Flamengo e Fluminense apenas se interessaram, mas não levaram adiante. O único corajoso foi o Botafogo, que foi esperto: levou duas ofertas, mas usou a menor por falta de concorrentes. Ganhou a concessão e vem cumprindo com suas obrigações. O que seria do Engenhão sem o Botafogo? Vejam o exemplo do parque aquático a da Arena Multiuso.

Tudo vinha bem até o fechamento do Maracanã. Se não houvesse o Engenhão, viveríamos o mesmo drama de 2005 (jogos na Ilha do Governador, em Bangu, S. Januário...). Só que o excesso de jogos e eventos extra-futebol está comprometendo a qualidade do gramado. O Botafogo tem feito de tudo para minimizar o problema. Mas é como se um morador estivesse trocando o piso de sua casa e, sem o cimento secar, ter pessoas circulando por cima da obra. É preciso um respiro para que a grama se consolide. Em abril desse ano, o gramado chegou a estar en excelente condição (ninguém comentou nem elogiou), mas o campo não resistiu a uma nova sequência de jogos.

Se os clubes que estão usando o Engenhão, na falta do Maracanã, se sentem prejudicados, sugiro que procurem uma alternativa. O Botafogo e o gramado agradeceriam. Agora, ficar criticando por criticar é covardia!