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terça-feira, 24 de abril de 2012

Barcelona fora. Bom para o futebol


Sei que vou criar uma polêmica, mas esta opinião que vou passar agora não é de hoje, após o Barcelona não se classificar para a final da Liga dos Campeões. Não vou contestar a opinião geral de que o Barcelona é um time de outro planeta e dificílimo de ser batido. Tem uma equipe super entrosada e sabe a hora certa para atacar, além de uma marcação pressão que inibe as jogadas ofensivas do adversário. Deste modo conseguiu várias vitórias e títulos. 

Mas eu pergunto: quando o Barcelona joga, você torce contra ou a favor? Tem aquela história de simpatizarmos mais com o time inferior em cada partida, mas o que eu questiono é sobre o prazer de ver o Barça ganhar. Apesar da competência, chega a dar tédio ver um jogo deles, pois fica chato assistir aquele toque pra lá, toque pra cá, até um jogador aparecer livre para concluir. Para os barcelonistas, tá ótimo assim. Mas pra quem gosta de emoção, ataques de parte a parte, chutes de longe, dribles desconcertantes, jogadas individuais (isso o Messi faz como poucos) tudo isso é o que dá prazer para os amantes do futebol. 

O jogo Vasco x Flamengo foi um exemplo disso. Se não teve o entrosamento e a tranquilidade do Barça, teve a emoção de vários lances de gol e tensão até o fim. Acho injusto começarem a desmerecer o que o Barcelona faz de bom, mas considero positivo para o futebol ver o adversário, mesmo sendo um time repleto de nomes famosos, conseguir barrar o favoritismo dos espanhóis jogando com raça, união e matando o jogo em dois lances. Eram as armas que o Chelsea tinha. 

O Barcelona certamente não abdicará de seu estilo, vai vencer outras vezes, mas é tranquilizador saber que este estilo não será 100% adotado, pois não é invencível e não é tão agradável de se ver. Futebol é competência, mas também é emoção e alegria. Para terminar, outra pergunta: Garrincha jogaria no Barcelona?


sábado, 14 de abril de 2012

Respondendo à FERJ - Parte 2


Seguindo com meu ponto de vista a cerca das dúvidas que a FERJ está levantando sobre a razão da ausência do público nos estádios do Rio, falarei sobre os cinco tópicos restantes:


6. Preço - Os preços dos ingressos aumentaram muito de uma hora para outra. "Descobriram" que futebol era um negócio rentável e resolveram faturar em cima do pobre do torcedor.Tem jogo que vale o ingresso cobrado, mas tem outros que de graça já é caro. O correto seria tabelar o preço de acordo com a força dos times, da importância do jogo e do conforto que o estádio oferece. Não é justo o torcedor pagar o mesmo preço de um lugar confortável e protegido do Engenhão ao de uma arquibancada de cimento, quente e de cara pro sol em Moça Bonita! Ao mesmo tempo que uma decisão entre dois grandes do Rio tem que valer mais do que um jogo entre pequenos sem chances de conquistas ou classificação. 

7. Número de times - Quando o Carioca implantou esse atual sistema de disputa, o número de participantes era 12. Foi um sucesso, é só pesquisar. Turnos rápidos, com todos os jogos sendo importantes, pois não havia tempo para se recuperar de tropeços. Depois que passou para 16, os turnos ficaram mais tediosos e previsíveis, diminuindo a chance de zebras e elitizando as semifinais.

8. Formato - Sou tão a favor deste formato que, coincidência ou não, o sugeri à FERJ em 1999 e ele foi aplicado em 2004, com sucesso comprovado e já copiado por outras federações. Mas foi feito um ajuste que considero prejudicial. Na minha sugestão original não havia semifinal de turno e sim semifinal de campeonato. Vou explicar melhor isso na terceira parte de minha análise.


9 - Descaso dos clubes - É um desrespeito com o torcedor avisá-lo que no próximo jogo os titulares serão poupados em função de uma outra competição. E ainda querem ver o torcedor nas arquibancadas! Pior seria se não avisassem! O clube precisa formar elenco para aguentar duas competições ou então que abra mão de jogar uma delas, Se o elenco for equilibrado as alterações serão feitas e ninguém vai perceber. Quando um time poupa os titulares, está abrindo mão de vencer. Pode até ganhar o jogo, porém mais pela imcompetência do adversário. E não vem depois usar isso como desculpa se perder um clássico, por exemplo!


10 - Bebida alcoólica - É claro que a ausência de bebida dentro do estádio faz com que o torcedor que gosta de beber fique mais tempo lá fora (bebendo) e depois entre (quando não desiste por falta de condições...). Outros preferem ver o jogo em casa, perto da geladeira, ou no bar, cercado de "loiras". Mas acho uma boa restringir a bebida no futebol, por conta da violência que o álcool pode geral no meio da torcida.


No terceiro post venho com minhas sugestões para melhorar o público no futebol.
sexta-feira, 13 de abril de 2012

Respondendo à FERJ - Parte 1


Preocupada com o baixo interesse do público torcedor aos jogos do Campeonato Carioca de 2012, A Federação de Futebol do Rio está estudando alguns tópicos que ela considera fundamentais para se entender este comportamento e buscar uma solução. Como sempre gostei desses temas, vou comentar um a um, sempre com a visão de um torcedor que acompanha futebol e frequenta estádio já há algum tempo.

1. Segurança - Andar na rua à noite sempre foi perigoso. Voltar de um jogo já de madrugada é um convite para deixar de frequentar estádio. Portanto, quanto mais cedo um jogo terminar, melhor. A insegurança nos transportes também é relevante. Se antes a preocupação era apenas com o encontro de torcidas rivais, que normalmente geram confusões nas estações e nos vagões de trem, agora a moda é enfrentamento entre torcidas de um mesmo time, mas de regiões rivais, aumentando o grau de insegurança.

2. Horário - Além do desconforto de sair do estádio à meia-noite, tem horários mais cedo que também são complicados. Jogo às 4 da tarde num domingo de sol afasta muita gente do estádio; Jogo no sábado à noite é "oito ou oitenta": Ou se joga às 17 horas, para que o torcedor possa curtir a noite após deixar o estádio, ou então que seja às 8 e meia, por exemplo, para que o futebol já seja a programação noturna do sábado. Outro horário inviável é em um dia de semana à tarde (exceto nas férias escolares). Muita gente vai, mas quem trabalha e gosta de futebol fica impossibilitado de acompanhar seu time.

3. Violência - Tem a violência longe dos estádios (já comentei no primeiro ítem) e tem também a rivalidade exagerada durante os jogos, quando as duas torcidas resolvem descarregar suas iras umas contra as outras, sobrando para quem não tem nada a ver. Será que vale a pena insistir com essas organizadas, de tão mau comportamento?

4. Acesso - São três as possibilidaes de se chegar aos estádios: de trem (ou metrô), de ônibus ou de automóvel. Como o Rio é uma cidade bem desenvolvida, todos os estádios estão bem localizados. Muitos campos pouco utilizados atualmente são próximos à linha férrea. Precisamos revitalizar estes lugares (Olaria, Bonsucesso, Madureira, Campo Grande, Bangu...). Com relação ao Engenhão, há trem em frente, mas para se chegar de ônibus ou de carro hoje é complicado. De carro, então, nem se fala. Principalmente porque não há lugar barato e seguro para estacionar. Sem falar no trânsito congestionado em grandes jogos. Tudo isso interfere na ausência de público.

5. Televisão - É um motivo primordial para termos estádios vazios.A concorrência é desumana. Hoje ninguém fica sem ver seu time jogar. Em casa, no bar, no restaurante, na casa do vizinho ou pela internet, o jogo está à sua disposição. O torcedor só troca o conforto pelo estádio se a partida valer este sacrifício. Mas o torcedor apaixonado não quer nem saber de TV. Bom mesmo é no campo!


No próximo post termino a análise, com os cinco tópicos restantes.
quarta-feira, 11 de abril de 2012

Segunda mudança: Brasileirão


Após propor alguns ajustes nos campeonatos estaduais, objetivando um sucesso maior, quero falar agora sobre o nosso Campeonato Brasileiro:


1. Considero um grande avanço delimitar a quantidade de participantes em 20 clubes, número mantido já há alguns anos. 

2. Diferentemente do que pensava na época, hoje aplaudo a fórmula de pontos corridos. Facilitou muito a vida dos clubes, a programação da mídia e o acompanhamento do torcedor.

3. Mas não há nada bom que não possa melhorar. O torcedor sente falta das grandes decisões, jogos que realmente marcam cada edição do campeonato. Porque não adequar os pontos corridos a uma fase final com decisão?

4. Sou contra aquela fórmula de se classificar oito times para fazerem uma mata-mata até se conhecer o campeão. Acho exagerado um oitavo colocado ter chance de disputar o título em igualdade de condições com o primeiro colocado.

5. Sendo assim, sugiro uma alternativa inédita, que pode ser confusa a princípio, mas que resolveria esse problema. Primeira Fase: Dois turnos - ida e volta - com 18 clubes (34 rodadas), classificando-se quatro times para a fase decisiva. Estes já estariam classificados para a Copa Libertadores do ano seguinte. Na fase final teríamos duas etapas: 1ª etapa: 1º x 4º e 2º x 3º. Os vencedores disputam uma vaga para a decisão. 2ª etapa: 1º x 3º e 2º x 4º. Os vencedores disputam a segunda vaga na final. Se um mesmo clube vencer as duas etapas será o campeão brasileiro. 

6. Obs: Na fase final cada um dos quatro times teria duas chances de chegar à final. Não haveria eliminação sumária. Na fase final, os confrontos serão em jogo único, no campo do melhor colocado. Apenas a decisão seria em dois jogos. Total de seis datas na fase final. No geral, 40 datas seriam necessárias.


7. Resumindo: sistema de ida e volta preservados, primeira fase definiria os times na Libertadores e resgataríamos as decisões, com mais justiça do que no passado.

Não custa nada esclarecer


O assunto mais comentado na mídia esportiva nas últimas horas é a súmula do jogo Vasco x Flamengo e sua "adulteração" no caso das "expulsões" dos vascaínos. Coloquei aspas em "adulteração" e "expulsões", mas a imprensa especializada não fez isso. Pelo contrário, colocou em letras maíusculas e em manchetes. Porque é interessante levantar polêmicas e alimentar críticas às entidades esportivas. 

Como sei bem como o processo funciona, não vou cair nesta armadilha, tão comum na mídia, infelizmente. Não custa nada esclarecer (alías a nota da FERJ já é bem esclarecedora, mas isso não dá ibope). 

A súmula consiste em 5 páginas. Nela o árbitro anota tudo que ocorre na partida. Quando necessário relata algo em uma página anexa. Aquelas listas com o nome dos jogadores é um adendo que o clube manda para oficializar quem tem condições de jogo. Quando a súmula chega à entidade (FERJ, no caso), o funcionário analisa os dados do documento e, para facilitar seu trabalho, transcreve para aquelas relações de jogadores o que o árbitro relatou, atráves de codificação (gols, cartões, substituição, etc...). Antes ou depois destas anotações a súmula, mais as relações dos clubes, são publicadas no site, para atender ao Estatuto do Torcedor. Neste caso específico, o funcionário, segundo a FERJ, interpretou mal o relatório do árbitro e anotou como expulsão ("V" = vermelho) os fatos envolvendo os cinco atletas cruzmaltinos, quando na visão da entidade, eles foram apenas citados para posterior julgamento. Cabe ao tribunal avaliar esta interpretação. 

Por conta deste mal entendido, as anotações foram apagadas. Para mim dois erros aconteceram: Primeiro, não é necessário publicar a lista dos atletas com as anotações internas. Segundo, seria melhor um adendo explicando o equívoco do que simplesmente apagar (caracteriza-se uma rasura). Taí meu ponto de vista sobre o tema. Sem sensacionalismo ou injustiças. Agora é esperar o julgamento para saber o desfecho desta história.