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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

E chegamos à rodada final



Depois de 37 rodadas absolutamente malucas, onde só tivemos resultados surpreendentes, chegamos à última rodada do Brasileirão, a tal "rodada dos clássicos". Não mudo a minha opinião a respeito (vou lembrá-la mais à frente), mas também não sou hipócrita em negar que uma rodada decisiva contendo confrontos estaduais de qualquer maneira já é uma rodada emocionante e tensa, ainda mais com tantas disputas envolvidas. A imprensa está adorando, pois não olha critérios técnicos e quer ver o "circo pegar fogo". O objetivo de não termos "entregadas " neste ano foi conseguido por outros motivos que não somente a marcação dos clássicos no final. É claro que se esta rodada programasse grandes jogos interestaduais, talvez algum jogo propiciasse uma armação. Mas nunca saberemos. 

Não sei se repararam, mas quase que esta emocionante rodada transformou-se em mera reunião de amistosos. Em certo momento, na rodada anterior, estávamos conhecendo o campeão (Corinthians) e os quatro rebaixados (Avaí, América/MG, Atlético/PR e Ceará), tornando-se a medida dos clássicos frustrada. Mas dois gols aconteceram e mudaram todo o panorama. Aí a medida passou a ser acertada. Coisas do futebol. Já avisaram que ano que vem tem mais. Porém seria bom esperar mais um pouco, pois alguns problemas ainda podem surgir: Primeiro, os clássicos na mesma cidade. Foi definido na canetada o local de Vasco x Flamengo, para revolta do Botafogo, dono do Engenhão e impossibilitado de jogar lá, mesmo sendo mandante e ainda com chances de Libertadores. Da mesma forma. levaram São Paulo x Santos para Mogi Mirim, quando o Tricolor ainda briga por Libertadores e não jogará no Morumbi porque o Corinthians resolveu voltar a enfrentar o Palmeuiras em São Paulo (estava jogando sempre no interior). 

Outro problema pode ser o da segurança. Os clássicos serão de alto risco. Cruzeiro x Atlético e Atle-Tiba podem definir rebaixados. Dois jogos decidem o título (Vasco x Flamengo e Corinthians x Palmeiras) e outros cinco valem Libertadores (Inter x Grêmio, Botafogo x Flu, São Paulo x Santos e Avaí x Figueirense, além de Atlético x Coritiba). Tudo "fio desencapado". Já vimos vários distúrbios acontecerem em jogo de uma torcida só, imaginem em clássicos! Não quero ser profeta do apocalipse, mas se algo ocorrer de ruim, tenho a consciência tranquila que alertei os responsáveis no momento certo, eles ouviram mas preferiram arriscar. Espero que ganhem a aposta, para que o campeonato acabe bem.
sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Reta final desequilibrada


Já toquei nesse tema várias vezes, mas com a aproximação do fim do Brasileirão, ficam mais nítidas minhas contestações quanto à elaboração da tabela do BR-11 neste molde proposto pela Presidência. Com o objetivo de se evitar "entregadas" em partidas decisivas, colocou-se muitos clássicos nas duas rodadas finais, em especial na última, uma overdose de confrontos dentro do mesmo estado.

O fato de não termos tido jogos facilitados nesta edição não tem nada a ver com esse procedimento. Foi uma feliz coincidência os jogos já realizados não terem times sem compromisso algum, podendo assim prejudicar um rival. Os cariocas estavam todos disputando o título ou vaga na Libertadores. Corinthians e São Paulo poderiam ter sido prejudicados pelo Palmeiras, mas a incômada posição do Verdão na tabela não permitiu. Cruzeiro e Atlético brigam para não cair e não podem dar-se ao luxo de perder jogos neste momento. Grêmio e Inter praticamente não disputam nada ( o Inter, agora, se meteu na briga pela Libertadores, mas os confrontos do Grêmio não influenciam nessa disputa), etc...

O que restou, então, dos clássicos no fim? Uma tabela totalmente desequilibrada, beneficiando alguns, prejudicando outros e sendo indiferentes, neste momento, para terceiros, por circunstância de classificação. Mas a tabela, elaborada em março, não pode prever quem vai disputar algo ou não. Ela tem que ser igual para todos.

Então, vejamos: cinco times não viajam mais nestas três rodadas finais (VAS, SPA, GRE, CTB e FIG), ou seja, jogam perante seu torcedor nas três rodadas decisivas. Cinco times fazem as duas últimas no seu estado (ATM, PAL, SAN, FLU e FLA), uma grande vantagem, sem dúvida. Paralelamente, se olharmos duplas rivais, veremos discrepância: GRE: 3 jogos no Rio Grande, INT: duas fora de Porto Alegre.  FIG: três em Floripa, AVA, duas fora de SC. Até 2010, jogar duas em casa e duas fora nas quatro últimas rodadas era lei. Ninguém se sentia prejudicado ou beneficiado. Este ano, vários times jogaram três em casa e uma fora, o que não é legal.

Se queriam minimizar (não acabar) o problema das "entregadas", poderiam fazer como sugeri na época: Nas quatro últimas rodadas (10 jogos por rodada), em cada uma delas oito confrontos entre times do G12 com times fora do G12 (que historicamente não disputam título, salvo exceções). Os quatro demais times do G-12 se enfrentam, obviamente, mas sem confrontos Rio x São Paulo, onde a incidência de favorecimentos é maior (na teoria).

E além de tudo que falei, faltou dizer que teremos muito provavelmente clássicos sem nenhum interesse na rodada final, com a rivalidade sendo jogada " no lixo". Podemos afirmar, é verdade que teremos jogaços também, mas não sei se não seriam também jogaços em rodadas anteriores. Mas está feito. É aguardar o desfecho deste ano e torcer para que os gestores do futebol pensem melhor e não repitam esse processo em 2012.
quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Os estaduais batem à porta


Faltam três rodadas para terminar o Brasileirão. Logo a seguir começam as férias dos jogadores e depois chega a pré-temporada para um novo ano futebolístico. O que vem depois disso? Acertou. Os campeonatos estaduais. Tão contestados e maltratados, mas charmosos como sempre. Por conta do Estatuto do Torcedor, que exige a divulgação de regulamentos e tabelas com pelo menos 60 dias de antecedência, começam a pipocar na imprensa os sitemas de disputa dessas competições centenárias.

Vou destacar os dois principais estaduais do país: o Paulistão e o Cariocão. Em SP, continuam 20 clubes participantes, em duas fases. A fase preliminar, em turno único de pontos corridos (19 rodadas) para, neste ano, classificarem 8 times que jogarão a fase final. Com quartas-de-final, semifinal e final, em jogo único, exceto a decisão. Ano passado classificavam-se quatro equipes apenas. Minha opinião? acho muito extenso, com um time jogando 19 jogos, grande parte deles deficitários, para ficar entre oito classificados, condição que este clube deve alcançar com muita antecedência, desvalorizando os jogos finais. Há, é verdade, a disputa por melhores posições para obter vantagens na fase final, mas o risco de ser eliminado em apenas um jogo ruim é muito grande. Ou seja, muitos jogos de pouco apelo no início, para uma fase final (quente) com poucos jogos.

Em relação ao Campeonato do Rio (não é só de cariocas, pois tem times de todo o estado), o sistema é mais interessante, mas contém uma falha que foi percebida claramente nos dois últimos anos: a possibilidade de um time ganhar os dois turnos e, com isso, não termos finais de campeonato. Foi assim em 2010 (Botafogo) e 2011 (Flamengo). E quase aconteceu em 2008 e 2009, com o Botafogo vencendo um dos turnos e ficando em segundo no outro, em cada ano. Para tentar evitar isso, enviei à FERJ, onde tenho amigos lá, uma adaptação ao sistema atual, mas não obtive resposta da direção. Mandei essa mesma sugestão à Rede Globo, grande interessada em haver finais, e obtive uma resposta positiva, com elogios à minha idéia. Ficaram de debater com a FERJ, mas como o sistema atual foi mantido, não devem ter obtido êxito na conversa.

Resumindo, seria o seguinte: em vez de termos semifinais de turnos, teríamos semifinais de campeonato, com os dois campeões de turnos, mais dois times por índice técnico. Se um time ganhasse os dois turnos, estaria automaticamente na final, aguardando o duelo entre os dois classificados por índice técnico. Assim as finais estariam garantidas. Vamos aguardar 2012 e ver se o problema irá se repetir. E ficar ouvindo as lamentações de quem não quis resolver essa questão.
terça-feira, 8 de novembro de 2011

Contatos imediatos


Sempre que olho as estatísticas do blog, fico feliz em saber que, além dos amigos brasileiros que prestigiam nosso trabalho, tem gente de várias partes do mundo acessando, curtindo e retornando outras vezes. Muito legal. Só para citar como exemplo, tem gente dos EUA, Alemanha, Holanda, França e até de Angola, entre muitos outros lugares.

Mas como não aparece a informação de quem são esses amigos de fora do país, pediria que, se possível, enviassem uma mensagem se apresentando, para que possamos fazer um "contato imediato" com essas pessoas tão especiais. Um e-mail para esse contato é
ppaulolima@bol.com.br.  Continuem nos prestigiando, mas mandem uma mensagem para podermos conhecê-los. Vale também para quem é daqui do Brasil. Será muito legal conhecê-los também.
sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Fim da (primeira) polêmica



A polêmica felizmente acabou. No episódio envolvendo o jogo Vasco x Botafogo pelo BR-11, o Vasco tinha total direito de jogar em casa, desde que sua casa estivesse apta para receber qualquer jogo, o que não é o caso. O próprio Vasco tem consciência disso, mas quis embarcar numa canoa furada e a canoa afundou. A CBF agiu corretamente e acabou resolvendo dois problemas, pois o jogo Vasco x Flamengo também não será em São Januário.

Mas então onde será? A CBF que descasque a banana que ela mesmo plantou e colheu. Não precisava mudar o modelo de tabela que já faz sucesso há 8 anos (desde 2003). Por conta da falta de ética de alguns clubes que optam por facilitar o jogo para o adversário com o intuito de prejudicar seus rivais, acharam interessante colocar clássicos locais na última rodada, cujos jogos precisam ser simultâneos. Além de desnivelamento técnico na tabela, tem essa questão de dois clássicos na mesma cidade.

Se até lá não arrumarem um jeito de punir o Botafogo e obrigá-lo a jogar fora do Engenhão, Vasco x Fla poderá ser em Macaé, Volta Redonda ou até fora do estado. Colocar os dois jogos na cidade do Rio é temerário, pois a PM dificilmente conseguiria conter quatro torcidas exaltadas. Que sirva de lição para que, ano que vem, não cometam de novo este erro que foi concentrar clássicos no final.
quarta-feira, 2 de novembro de 2011

A polêmica só aumenta


Estamos chegando nas rodadas decisivas do Brasileirão e com elas segue a polêmica dos clássicos nesta reta final. Já falei várias vezes que era um problema evitável, bastando para isso não marcar clássicos nas últimas rodadas, principalmente nas duas últimas, onde os jogos terão que acontecer simultaneamente. Não foi por falta de aviso, pois tenho contato com pessoas que participam da organização da competição e externei minha opinião lá no mês de março.

Mas já que está feito, vamos falar sobre a primeira polêmica: Vasco x Botafogo no Engenhão ou em São Januário? No início do ano foi feito um acordo entre os quatro grandes clubes no sentido que TODOS os clássicos cariocas acontecessem no Engenhão, o principal e mais seguro estádio do Rio de Janeiro, na ausência do Maracanã. O Flamengo e o Fluminense enfrentaram o Botafogo no Engenhão, mesmo na condição de mandantes.

Agora vem o Vasco, forte candidato ao título, e resolve "roer a corda" passando a exigir que os dois clássicos que lhe resta fazer como mandante sejam no seu estádio, São Januário, que só comporta pouco mais de 20 mil pessoas. Acho que seria justo e correto que ele pleiteasse isso a partir de 2012, mesmo a contragosto da PM. Querer isso agora serve apenas para tumultuar esse belo final de campeonato. O Botafogo, mesmo sem ser obrigado, oferece metade do Engenhão para os rivais, e agora exige que, se o jogo passar para SJ, tenha o mesmo tratamento.

Amanhã teremos uma decisão. Espero que com bom senso. Esta definição interferirá diretamente na outra polêmica: onde será o jogo Vasco x Flamengo? Aí o problema acontece em função da marcação de dois clássicos cariocas na última rodada, a tal mancada da CBF. Falarei sobre isso depois, mas acho uma temeridade uma decisão de Brasileirão em São Januário, envolvendo duas torcidas super rivais, mesmo que uma delas possa não estar disputando a taça. Amanhã eu volto.